terça-feira, 28 de novembro de 2006

Fenômeno incomoda muita gente

O fim de semana veio junto com alguns bafões. Uma amiga Fenômeno foi desconvidada do casamento de um amigo por uma simples e única razão: incomoda demais!!!! Não entendeu? A gente explica.

A amiga Fenômeno namorou por quase uma década um cidadão, e por razões óbvias se tornou grande amiga da maioria dos primos dele. Mas como nem tudo que reluz é ouro, nossa amiga deu um basta no relacionamento e seguiu em frente. O rapaz também conseguiu seguir adiante e se casou . A amizade entre os primos dele e nossa amiga, continua firme e forte, afinal romances vem e vão, mas os amigos são para sempre.

O que parecia ser um assunto morto e enterrado ressurgiu das trevas e causou um alvoroço só.
Recentemente, recebemos o convite de casamento de um Amigo , que nada mais é que primo do ex . Nossa amiga Fenômeno relutou em aceitar, afinal já está em outra, e não sabia como a família do ex iria reagir (pensa numa família grande), mas depois de algumas insistências e em nome da amizade que tem com o noivo, ela resolveu ir ao casamento.

Eis que as vésperas do casório, a bomba explode. Amiga Fenômeno foi desconvidada porque a atual esposa do falecido não gostou da idéia de ver um Fenômeno desbundando (porque Fenômeno que é Fenômeno não passa despercebido) no meio da galera. A partir daí, começou uma sucessão de comentários, emails, telefonemas, tudo porque a moça se sentiu incomodada com a presença do furacão Fenômeno.

A situação ficou chata para todo mundo, afinal os amigos acabaram sendo envolvidos, muitos saíram chateados, mas nossa amiga Fenômeno levou tudo numa boa, já que estava indo ao casório apenas em consideração ao noivo. O que nem ela, nem ninguém sabia, é que depois de tanto tempo, ainda incomodava tantas pessoas.

A gente que teve que agüentar a frase: “Caraca,não sabia desse meu poder! E numa boa ,essa pessoa encheu muito minha bola!!!” Sim, pessoas! Nossa amiga não se deixou abater! Difícil é não rir com sua frase no MSN: “Vim ao mundo para incomodar.....”

Moral da historia: um Fenômeno incomoda muita gente, vários Fenômenos incomodam ,incomodam, incomodam muito mais....

terça-feira, 21 de novembro de 2006

O toco do pegador


A maioria das pessoas tem a mania de tirar sarro das situações quando se sentem envergonhadas, ou não querem sair por baixo. Mas tem aqueles que apelam e acabam se dando mal por isso. Conheço várias histórias de gente que só para não se sentir um loser, utiliza do senso de humor ou sai logo xingando tudo o que vê pela frente. Os “pegadores” são os exemplos mais comuns.

Quem tem família grande sabe que sempre tem um tio ou primo pentelho que adora tirar onda, contar vantagem, mas que quando vê que alguém pode ameaçar seu “sucesso”, já parte pro ataque. Tenho um primo que é o maior “pegador” de todos os tempos (é o que ele acha). Também, era o maior sem critério, não é a toa que o apelido era “Sem noção”. Não tinha noção de tempo, espaço, limites, nada.

O cara pegava* de tudo, gordinha, magrinha, bonita, mukissa...enfim. Já conseguiu nos meter em várias roubadas por causa disso. Para o cidadão, sair de casa e não pegar ninguém era um absurdo. E nós, os pobres mortais, ficávamos horas esperando ele se agarrar no estacionamento, na escada, no buraco perto da Igreja, no posto de gasolina... O melhor (ou pior) é que para ele, não fazia a menor diferença se estava com as primas ou os primos. Tratava todo mundo igual. Tipo... Tínhamos que ficar até altas horas na rua, esperando ele “dar uma”, senão ninguém ia para casa.

Um tempo atrás, Tesouro chegou em casa chorando de rir (literalmente) e me contou que estava no shopping com Sem Noção, o irmão dele e mais dois amigos. Como é o mais velho( e sempre os mais velhos gostam de contar vantagem para os mais novos) resolveu investir em duas moças que estavam saindo do estacionamento.

Todo “fodão”, Sem Noção, começou a mexer com as meninas, enquanto os outros entraram logo no carro, já prevendo que aquilo não daria certo. Mas como para ele, não existe mulher que resista a seu charme, investiu pesado para chamar a atenção das garotas. Eis que a moça, engatou a ré, e o chamou. Meu primo, se sentindo o poderoso, deu uma olhada para os outros “idiotas” como quem diz “não falei, bando de fracos”, e seguiu em direção ao carro, certo que se daria bem, no maior estilo George Clooney (sabe aquele olhar cabisbaixo?).

Os outros ficaram olhando, incrédulos, até que a garota estica o braço pra fora do carro, e como se fosse entregar um papel com o número do telefone, despeja na mão dele várias moedinhas, arranca e vai embora, rindo alto.

O “bonitão” ficou ali, parado, xingando as meninas de todos os nomes, enquanto os “idiotas” rolavam de rir dentro do carro. Tesouro, conhecido por perder o amigo, mas não perder a piada, começou a infernizar Sem Noção, que atordoado com aquele toco histórico, gritava aos quatro ventos:

- Vão tudo se f...! Eu já peguei muito mais mulheres que todos vocês. E eu nem queria o número daquelas piriguetes! Eu tava querendo agilizar para ver se vocês se davam bem, bando de f.d.p!

Os outros, tendo convulsão de tanto rir, zombavam do “jeito pegador” e só conseguiam inflamar ainda mais a situação. Depois dessa, nosso Don Juan ficou sumido por um bom tempo.

PS: Até hoje essa história é contada nas reuniões familiares, e acreditem, ele ainda apela com isso.

*Usei o verbo no passado porque “o pegador” da família está comprometido. E ao que tudo indica, é pra valer.

sexta-feira, 17 de novembro de 2006

A inevitável superação


Imaginem a situação. Você começou a sair com um cara, segue todas aquelas regrinhas básicas que somos obrigadas a nos impor e está conseguindo levar tudo numa boa. Semanas se passam e seu alarme começa a disparar: está se envolvendo, está se envolvendo!!!!

Você ignora, acha que depois de tudo o que passou não vai cair no conto do vigário, mas eis que acaba percebendo que está realmente gostando da figura. Pronto! Tremedeira geral, mas quem sabe? E a historia vai se desenrolando por alguns meses (e muito bem) até que num belo dia, você recebe um telefonema dizendo que não é nada pessoal, apenas a Grande reapareceu e ele vai tentar ser feliz com ela.

Mais perdida que cego em tiroteio, você começa a pensar que deveria ter feito diferente, deveria ter sido diferente, chora, fica de luto (período de três dias de cama e um bom tempo reclamando da vida), se nega a pensar em qualquer coisa que te lembre essa pessoa. Um mês se passa e você ainda na fase do ódio, da raiva, das pragas, e é claro daquelas mentiras básicas do tipo, “nunca mais vou gostar de homem nenhum”.

Eis que Deus resolve dar uma ajudazinha, para diminuir o drama, e joga o Grande de pára-quedas no meio dessa confusão. Aí, é claro que você tem a recaída básica, mas logo percebe que foi apenas para te arrancar do fundo do poço. O que faz? Recolhe os caquinhos e tenta se erguer novamente, o que não é um trabalho fácil, mas é simplesmente algo que tem que ser feito.

Se você é um Fenômeno, a chance de cair em outra furada é enorme, mas quem disse que aprendemos a desistir? E você vai tentando, acreditando que sua cara metade está por aí, em algum lugar. Até que a vida dá uma reviravolta e aquele cara que você se envolveu, aquele que te ligou e deu um fora, com o tempo não faz mais parte de seus pensamentos...

Um ano depois o destino resolve te pregar uma peça. Você encontra o tal cara, sozinho, porque com a Grande não deu certo. Os motivos? Não fazem a menor diferença, por que ele te trocou por ela. Você fica ali parada, olhando para aquela cena, e percebe que aquele cidadão perdido, apesar de muito legal, não mexe mais com seus sentimentos, não desperta mais o interesse de antes, nem raiva, nem rancor, nada. Simplesmente nada!

Não importa o que ele fale ou faça, o quanto reconheça o erro que cometeu, os dois sabem que é tarde demais, mas ele não acredita que você, que gostava tanto, tenha desistido. Enfim, chegou a sua vez de dizer: “Olha não é nada pessoal...” Os amigos em comum não acreditam, mas entendem e alguns aplaudem sua atitude. A vida é assim, paciência.

É quando entra o velho ditado: “Quem não dá assistência, aumenta a concorrência e perde a preferência.”

Sinceramente, não sei dizer o que é pior. Levar ou dar um fora. Independente do que se fale, como se fale, é difícil demais. Infelizmente para quem leva o fora pode parecer frieza, indiferença, mas para quem vê a história inverter, é apenas superação.




sábado, 11 de novembro de 2006

A seca


Quem disse que só acontecem bafões com os Fenômenos? Com nossos amigos também acontecem coisas que até Deus duvida. Um tempo atrás, resolvemos ir para o UK Brasil Pub ouvir a banda Zero 10. Uma amiga que, carinhosamente, chamamos de "Doidinha", andava meio sumida, mas resolveu dar as caras e animou de ir conosco. No caminho, engatamos várias conversas do tipo... “Homens não valem nada”, “Estou cansada dessa mesmice”, "Só consigo namorar alguém se ele for realmente bom", e eis que nossa querida “visitante” resolve nos contar uma historinha.


Cansada da vida de solteira e pior, de se meter em uma roubada atrás da outra (será requisito para ser amigo de um Fenômeno?), resolveu levar a sério o namoro com um rapaz que há muito tempo, vinha tentando conquistá-la. Segundo ela, no início estava tudo maravilhoso, mas logo começou a estranhar porque o cidadão não “investia” numa “pegação mais forte”.

No aniversário de um mês juntos, ela pensou que o cara já ia chegar “dando o que podia”, mas nada feito. Perdeu a paciência e, desbocada como ela só, perguntou pro indivíduo qual era o problema dele, se era gay, sofria de ejaculação precoce ou coisas do tipo. Foi aí que o infeliz soltou que tinha entrado para a Sara Nossa Terra e, segundo a igreja, sexo só depois do casamento.

A coitada quase teve um troço. Mas resolveu encarar assim mesmo. Afinal, ele era bonzinho, carinhoso, atencioso e gostava muito dela. O problema é que foram passando os meses e nossa amiga começou a desesperar. Sabe aqueles sintomas de mulheres que não transam faz muito tempo? Irritação, insônia, ódio de tudo, pele feia... enfim. Toda vez que se encontravam, rolava os amassos, mas na hora H, o fulaninho parava.

Conseguiu sobreviver ao tormento por três meses e no meio de uma alucinação, teve a feliz (ou infeliz?) idéia de resolver seu problema sem ter que despachar o pobre. Vestida em uma "jardineira" (uma espécie de vestido com botões na frente), saiu de casa numa tarde de sábado, e no meio do caminho pegou o celular e ligou para o Grande (sim, os amigos dos Fenômenos também têm um Grande) e disse que estava muito triste e precisava conversar. É claro que o biscate aceitou na hora, todo “amigo”. Ela parou na frente da casa dele, e assim que o cidadão entrou no carro, arrancou em direção ao motel mais próximo, tudo isso no maior estilo “velozes e furiosos”.

O rapaz, sem entender o que estava acontecendo, só conseguiu dizer que não tinha saído com a carteira, pois ela tinha dito que precisava conversar, mas a desesperada, com o olhos fixos no portão do motel (que parecia demorar uma eternidade para abrir), gritava aos quatro ventos que não tinha problema, ela iria pagar.

Já no quarto, o Grande, ainda sem entender nada, esperava pela conversa e é aí que nossa querida e louca amiga, abre de uma vez a "jardineira" e solta uma frase bem sutil, daquelas que só uma lady poderia dizer:
- Me come, porra!

E como quem é Grande, não recebe o título por acaso, o cidadão resolveu o problema dela durante o resto do dia e o comecinho da noite. Nossa amiga voltou para casa sorrindo para as paredes e dormiu como um anjo.

O namorado? Nunca soube. Recentemente tivemos a notícia de que vão se casar. Ao que tudo indica, ele mudou de religião. Ou pelo menos, fez algumas "adaptações".

segunda-feira, 6 de novembro de 2006

Quase

Mais uma de Luis Fernando Veríssimo que recebi por email hoje...

Ainda pior que a convicção do não
é a incerteza do talvez
é a desilusão de um quase.
É o quase que me incomoda,
que me entristece,
que me mata
trazendo tudo que poderia ter sido e não foi.

Quem quase ganhou ainda joga,
quem quase passou ainda estuda,
quem quase morreu está vivo,
quem quase amou não amou.

Basta pensar nas oportunidades
que escaparam pelos dedos,
nas chances que se perdem por medo,
nas idéias que nunca sairão do papel
por essa maldita mania
de viver no outono.

Pergunto-me, às vezes,
o que nos leva a escolher uma vida morna;
ou melhor não me pergunto, contesto.
A resposta eu sei de cór,
está estampada na distância e frieza
dos sorrisos, na frouxidão dos abraços,
na indiferença dos "Bom dia",
quase que sussurrados.

Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz.
A paixão queima,
o amor enlouquece,
o desejo trai.

Talvez esses fossem bons motivos
para decidir entre a alegria e a dor,
sentir o nada, mas não são.
Se a virtude estivesse mesmo no meio termo,
o mar não teria ondas,
os dias seriam nublados
e o arco-íris em tons de cinza.
O nada não ilumina, não inspira,
não aflige nem acalma, apenas amplia o
vazio que cada um traz dentro de si.

Não é que fé mova montanhas,
nem que todas as estrelas estejam ao alcance;
para as coisas que não podem ser mudadas
resta-nos somente paciência,
porém,
preferir a derrota prévia
à dúvida da vitória é desperdiçar
a oportunidade de merecer.

Pros erros há perdão;
pros fracassos, chance;
pros amores impossíveis, tempo.
De nada adianta cercar um coração vazio
ou economizar alma.


Um romance cujo
fim é instantâneo ou indolor não é romance.
Não deixe que a saudade
sufoque, que a rotina acomode,
que o medo impeça de tentar.
Desconfie do destino e acredite em você.


Gaste mais horas realizando que
sonhando, fazendo que planejando,
vivendo que esperando porque,
embora quem quase morre esteja vivo,
quem quase vive já morreu.

quarta-feira, 1 de novembro de 2006

Seu irmão é um Tesouro?

Quem não é filho único sabe. Em toda casa existe o “queridinho da mamãe”, aquele que o lar pode estar caindo, que nunca leva a culpa de nada. E não adianta seus pais virem com aquelas desculpas do tipo: “Que isso, minha filha. Não puxamos saco de ninguém”. Mentira! Em casa onde há mais de um filho, pode saber, há sempre um Tesouro.

Na Turma do Chaves, Dona Florinda implicava com os amigos do Kiko, porque segundo ela, eram gentalha. Ninguém era melhor do que ele, e o Kiko é claro, se aproveitava disso. Funciona mais ou menos assim com os “filhos protegidos”. Fazem coisas que até Deus duvida e nem por isso, são chamados atenção, enquanto você, que “dá o que pode” para ser um filho exemplar, ou pelo menos pra tentar levar sua vida, sem ninguém te encher a paciência, pena na mão de todo mundo, inclusive do “dito cujo”. Ficar de mau-humor? Jamais! Você não tem esse direito. Agora, pega Tesouro em um dia de cão! Vai levar patada dele e ainda ser repreendido por não compreender e ajudar seu irmão. Fala sério!

Existem casos onde não há mais solução... Tipo, Tesouro é o ser mais lesado da face da terra, perde tudo (chaves, carteira, dinheiro, celular, esquece de te buscar no cursinho), tranca a porta da casa e vai dormir, quando você pediu 150x para não trancar, porque saiu sem a chave, sequer arruma a própria bagunça, extorque dinheiro sempre que precisa, e o melhor de tudo é que não está nem aí pra coisa nenhuma.

E nesses casos, a situação de “tesourisse” é pior, porque os pais, meio que por preocupação, protegem o indivíduo ainda mais. Vira uma bola de neve. E vai falar alguma coisa? Guerra na certa e sempre, sempre sobra para você.

Tesouros nunca têm obrigações em casa por que já sofrem demais no trabalho, podem te zoar à vontade e se você apela, é porque é grossa, encalhada ou a melhor, “está descontando suas frustrações no pobre do seu irmão”. As piadas (ridículas) são sempre engraçadas, pode gritar o tanto que quiser e dinheiro? Sempre consegue um dinheirinho extra para a gasolina.

O mais engraçado nessa história toda, é que um Tesouro, nunca perde a majestade. Não interessa a idade que ele tem. O azar foi seu de ter nascido sem o “título”. O fato é que, em casas onde há Tesouros, o “outro”, sempre vai pagar o pato.