quarta-feira, 30 de maio de 2007

Top 10 - As coisas que a gente sempre diz que não vai mais fazer (e acaba fazendo)

Sabe aqueles pequenos “delitos” que você tenta não cometer, mas sempre (ou as vezes) comete? Não são poucos aqueles que vivem se policiando (ou tentam) por cometer alguns deslizes chatos, mal educados e até grosseiros. Mas que atire a primeira pedra aquele que nunca cometeu um pecado, ou aquele que jurou não repetir o erro e acabou esquecendo a promessa (nem que seja por um minuto). Resolvemos fazer a lista das "promessas esquecidas" dos Fenômenos. Vale lembrar que como bons brasileiros, nós não desistimos nunca.

10 – Soltar um mega palavrão quando está com raiva.

Claro que falar palavrão não é algo bonito, muito menos pra mulheres. Mas tem horas que não tem jeito. Basta levar uma fechada no trânsito, uma topada com o dedinho no pé da cama, ou algum ser irritante tirar onda com a nossa cara, para algumas das Fenômenos encher a boca e soltar aquele palavrão de fazer inveja a qualquer jogador de futebol.

9 – Gastar mais do que pode com coisas bobas.

O orçamento do mês até que está folgado, as contas “encaminhadas” e lá vai a pessoa gastar com coisas que não precisa. Basta uma passada no shopping ou na feira que tudo passa a ser extremamente necessário e coitado daquele que perguntar: “Você já não tem uma igual?” A consciência só dói no outro dia e vem junto com a promessa de que nuuuuunca mais. Aham!


8 – Dar mais uma chance para alguém que te magoou.

Não importa se é namorado, amigo, primo, tia, cachorro ou papagaio. Alguém te sacaneia, tripudia, esmaga, torce, cospe na sua cara e de repente lá está você, um Fenômeno, dando outra chance (no total de 134.654 para mesma pessoa) a um simples pedido de desculpas. Claro que acreditamos no perdão, na bondade humana, nas estrelas do céu, nas gotas do oceano, mas fala sério, tem gente que não merece mesmo.


7 – Cair na gargalhada quando alguém cai na sua frente ou paga um mico daqueles.

Um casal de velhinhos passeia pela rua. De repente o velhinho desmorona na calçada e a velhinha ao invés de ajudar, encosta-se ao poste e chora de tanto rir. Não está acreditando? A história é verídica e foi contada por uma blogueira, seguida pelo comentário de “não se fazem mais velhinhos como antigamente”. Mas quem resiste? Tudo bem que não é nada educado, mas que é engraçado é.


6- Discutir política e religião.

A gente insiste em não entrar numa discussão como essa, mas basta alguém botar lenha na fogueira para nos envolvermos com o assunto. Incrível! Alguns dos Fenômenos são ponderados, outros mais radicais, mas TODOS caem direitinho numa roda de discussão, mesmo que tenham jurado não falar sobre isso (pra não se irritar depois).

5 – Dar uma patada no primeiro que te enche a paciência bem no dia da sua TPM (ou do mau-humor mesmo).

Você acorda irritadíssima e vem seu pai (ou seu irmão) com aquelas piadinhas toscas e irritantes. O pobre não tem a menor idéia de que você está querendo esganar, chutar, arrancar os cabelos (com pinça) do primeiro que aparecer na sua frente, e vem todo sorridente em sua direção. O coice é tão forte que o coitado fica sem graça, sem rumo, repetindo o tempo todo que você é azeda e vai morrer só. Claro que sua consciência dói, mas só depois do efeito TPM ter passado ou quando você já encontrou outro para descontar.


4- Bater de frente com alguém.

Uma das Fenômenos não corre de jeito nenhum. Falou que é para bater de frente com alguém, está lá, firme e forte sempre com as garras afiadas. Os outros são mais tranqüilos e evitam ao máximo, mas nem sempre isso é possível, então o arrependimento (quando ele vem) fica para o dia seguinte mesmo.

3- Falar da vida alheia.

Fofoca é horrível e todo mundo sabe. Mas quem resiste? É só juntar um grupo de pessoas e pronto. Ainda tem aqueles que usam a desculpa de “não sou baú pra guardar segredo” e com isso contam o velho e o novo. A pior parte é quando sem querer (ou querendo mesmo) você solta algo para a galera e se arrepende depois. Ficar implorando para que ninguém conte é a mesma coisa de pedir para “publicar no jornal”.


2 – Salvar seu amigo das enrascadas que ele se mete (ou ser cúmplice).

Seu amigo se mete em uma roubada atrás da outra, apronta, mente para a namorada e sempre te chama na hora que o “circo vai pegar fogo”. Você sempre atende ao telefone, vai buscar a figura altas horas da noite, xinga até a última geração do cidadão e jura que nuuuuunca mais vai salvar ninguém, mas basta uma ligação e você sai correndo atrás da pessoa. (que faz cara de coitado, diz que não vai fazer mais e nunca cumpre a promessa).


1 – Beber novamente.

A promessa mais difícil de ser cumprida. Você sai com a galera para comemorar qualquer coisa, se diverte, “dá o que pode”, enche a cara e não percebe que passou da conta até chegar em casa. Se estiver com fome, inventa de fazer um “mexido” na cozinha e além do barulho infernal, mistura tudo o que pode e o que não pode na panela (isso quando não vai de miojo mesmo). Em seguida vai fazer a higiene básica da noite e deita na cama. Pronto! Mar em fúria!!! A cabeça começa a doer, o estômago começa a rodar, e se você não dá uma verdadeira “golfada”, vai ter que agüentar uma ressaca daquelas no outro dia. Aí vem a famosa frase “Nunca mais eu bebo!”, promessa que é facilmente esquecida na próxima farra.

sexta-feira, 25 de maio de 2007

Finais de Temporada


Começou aquela chatice de finais de temporada. Todas as séries entram de férias, recesso, greve ou sei lá o que, e a gente fica esperando feito bobo, o retorno das histórias.

Passei uma semana louca tentando ver os últimos episódios das minhas séries favoritas (Heroes, 24, CSI...), mas o que deu mais trabalho foi o episodio de Lost. Deixei o computador ligado o dia todo, pentelhei um amigo na hora do almoço, liguei de hora em hora pra minha mãe ver se o download estava completo (tendo que explicar pacientemente o que era isso), enfim. O negócio parecia não “baixar” nunca!

A noite foi uma verdadeira reunião de Buscapés para assistir. Eu e Tesouro não calávamos a boca um minuto, vibramos com algumas cenas, ficamos sem entender nada em outras, meu pai deu palpite o tempo todo (e ficou curtindo com a nossa cara porque falávamos como se fosse tudo verdade) e quando acabou, ficamos com aquela curiosidade ridícula e ao mesmo tempo com uma preguiiiiça de tanta enrolação.

Odeio finais de temporada! A gente sempre fica com cara de idiotas. Humpf!


Ah, eu acredito em Jacob! E você? hihihihi

terça-feira, 22 de maio de 2007

A questão da "humildade falsa"


Encarei uma discussão no fim de semana com uns amigos a respeito de humildade (e a falta dela). Todo mundo concordou com a idéia de que devemos ser humildes, que arrogância não nos leva a lugar algum e blábláblá, mas o negócio ficou feio quando o assunto virou para a humildade falsa (ou sei lá que nome se dá para isso). Sabe aquele lance onde é terminantemente proibido você saber dos seus pontos positivos e falar sobre eles? Quando não tem problema de auto-estima, mas não pode falar sobre isso que é mal interpretado? Então! Os indivíduos que conseguem o equilíbrio são considerados “insus” apenas por reconhecer as qualidades e defeitos, os próprios limites. É a pessoa que sabe o próprio valor, sabe seu lugar no mundo, sabe o que realmente é, mas não pode falar sobre isso.

Claro que ninguém precisa dar uma de Clodovil e sair abusando da sorte, no ápice do desequilíbrio, da nojeira, mas o que há de errado em alguém saber o que realmente é? O problema é que vivemos num país onde aprendemos que o certo é ser “pobre coitado”, ter e sentir pena dos outros, e fazer logo uma lista de desgraças quando algum infeliz se aproxima tentando te fazer um elogio ou te conhecer melhor. Alguém só se torna admirável, quando passa a imagem de vítima, caso contrário é um insuportável, metido, “se acha”. Não somos educados a comemorar o que somos, mas lembrados o tempo todo do que deveríamos ser (ou ter).

Ninguém suporta uma pessoa que gosta de si mesmo. É mais comum os aplausos virem para o “derrotado” do que para aquele que assume os riscos e declara os próprios valores. Esquecemos que todos possuem não só defeitos, mas qualidades, e sabemos muito bem quais são eles. O problema é não poder falar abertamente, muito menos agradecer quando alguém percebe. O que se espera de uma pessoa quando recebe um elogio, por exemplo? Esperamos que ela agradeça, mas diga que não concorda e que estamos exagerando.
- Você está linda!
- Ora, imagine!

Fala sério! Qual o problema em se sentir merecedor daquilo? É só a pessoa concordar que virou uma “insu”?

Conheço poucas pessoas que não podem ser chamadas de “falsos humildes” e os admiro por isso. Não defendo aqueles que “se bastam”, são egocêntricos, mas acredito no meio termo. O que há de errado em reconhecer o próprio valor e não estressar apenas os defeitos o tempo todo? A maior dificuldade pode ser que a maioria se acha um “loser” ou se acha o máximo, e talvez o desafio esteja em ter consciência dos próprios valores (e não ter vergonha de lutar por eles), além de ter a coragem de admitir as fraquezas (sem parecer um coitado) e querer mudar.

sábado, 19 de maio de 2007

Dando uma olhada no blog do Milton...


"É estranho como as pessoas que antes amávamos podem tornar-se desprezíveis com uma simples mudança de perspectiva."

Milton Ribeiro - O Monólogo Amoroso (XIV)

terça-feira, 15 de maio de 2007

Mãe de Fenômeno + Computador = Diversão Garantida


Nada melhor que as nossas “queridas” mães se envolvendo com a nova tecnologia, para render altos “bafões”. Em conversa com os Fenômenos, descobri que cada mãe tem suas habilidades e dificuldades para “operar” a máquina. Resolvi contar algumas “pérolas” das simpáticas senhoras para que ficasse claro que os Fenômenos têm a quem puxar quando o assunto é bafão. Ou, pelo menos, histórias hilárias pra contar.

1 – D. Conceição e a Arroba - Minha mãe não pode me ver sentado em frente ao computador que já vem me pedir para entrar num site de receitas. Eu sempre digo que vou tirar, mas sempre deixo pra depois e acabo esquecendo. Passo dias sem imprimir as receitas e as reclamações só vão aumentando. Um dia desses, resolvi ensinar a “velhinha” a entrar nos sites, mas me arrependi. Era um tal de seta lá em cima, clicar no “x” e fechar a página por engano, sair com o mouse da mesa, então resolvi tirar as receitas e ir ensinando aos poucos (e xingando toda vez que ela vem me pedir).

Como se não bastasse as tais receitas, agora tenho que enviar fotos das festas para os parentes distantes:
- Que coisa, mãe! Por que diabos você foi inventar de dizer que houve festa?
- Meu filho! Eles querem ver como vocês estão e tudo mais. Estão com saudades!
- Sei! Me dá logo o endereço de email que a senhora anotou.
- Tudo bem.
-Mãe, que endereço é esse? Hahahahahahahahaha
- Qual o motivo da graça?
- A senhora escreveu “fulanoarrobahotmail.com”. Não é assim! Por acaso não conhece o sinal @?
- E eu tenho que saber de tudo? Vocês são muito chatos!

Fiquei com dó da minha mãe, mas não consegui segurar o riso.

2 – D. Maria (a Mama Jones) e o Mouse - O nosso estagiário também já nos contou sobre o dia em que foi ensinar sua “Mama Jones” a usar o computador. Ligou o computador, explicou como usar o mouse, e ficou sentado observando a pobre, que não conseguia enxergar a “setinha”. Quando já estava perdendo a paciência, explicou:
- Mãe, você tem que colocar o mouse na tela!

A pobre entendeu que tinha que por o objeto na frente da tela e assim o fez. Começou a mover de um lado para o outro, sem enxergar mais nada.
- Mãe de Deus! O que a senhora está fazendo?
- Você não disse que eu tinha que colocar o mouse na tela?

Foi aí que ele se deu conta da maldade que cometeu, e resolveu explicar novamente. Com mais calma dessa vez.

3 – D. Lourdes e os Slides - A mãe da Helen também está na fase de aprender a lidar com o computador. Assim como a filha, D. Lourdes não tem muita paciência com a máquina e logo desiste, mas ultimamente tem contado com a ajuda de sua neta, Bárbara, que vibra a cada acerto da avó:
-Presta atenção, “vó”! Não é assim!
- Ai, Bárbara! É assim?
- Ai, vóóóóóóó! Não é pra clicar no x!
- Eu não tenho paciência com isso! E agora? Está certo?
-Isso! Agora volta e faz de novo!
- Ai, menina! Abre logo isso!

Segundo nossa amiga Fenômeno, a mãe adora ler os emails de slides, aqueles com corações explodindo, música de Titanic no fundo, isso depois de duas horas tentando manusear o mouse e conseguir baixar o arquivos. Com Bárbara ao lado, é claro!

4 – D. Verônica e a Webcam - Um dos primos da Nina está morando fora do país. No dia do aniversário da mãe dele, toda a família estava reunida, e o pobre teve a infeliz idéia de querer reunir a “tiarada” na frente do computador para dar um “alô” pela Webcam. Como a mãe da Nina é a mais empolgada, e mais apegada à família do sobrinho “estrangeiro”, sentou logo em frente ao computador, e se aproximou ao máximo, colocando o olho direto na câmera, na lente mesmo.
- Oi, meu filho! É a sua tia! Você está ai? Fala alguma coisa! Meu filho?

As outras não conseguiam ver nada, muito menos ouvir, já que a gritaria e os acenos eram geral. A Fenômeno (envergonhada) e a prima (irmã do cidadão) saíram de fininho do quarto, mas ainda ouviram quando o rapaz, sem entender nada, disse:
- Tia, se afasta um pouco! Só consigo ver o seu olho por aqui.

A galera quase morre de tanto rir da cara da “Tia Fenômeno”.

Agora me diz....São ou não são demais?




sábado, 12 de maio de 2007

As aventuras de Vitinho - O Gugu*

Parte - II



Vitinho se aventurando (embri) dentro de uma van e, lá em casa, todos nós o esperávamos. Minha mãe pensou na polícia, minha irmã no IML. Meu pai, um velho sábio, vascaíno,aliciador de empregadas domésticas,voltou a fumar. Meu irmão, o Jiraya, dava de ombros, e ficava falando que Vitinho, o Gugu, estava no puteiro. E eu tentando entender aquilo tudo! Gugu, o Vitinho, já estava nas cercanias da Sá quando desceu da van sendo empurrado pelo amigo que lhe dissera;
- Aí Vitão, valeu!! Essa é a sua parada !! Paguei tua passagem, depois você me paga!

Desceu escorando nas paredes da rua. Lembrou-se que a parede da primeira casa era de uma amiga e então raciocinou (se é que pode se chamar isso de raciocínio devido ao estado de embri do rapaz) que sua casa era do lado de cima da rua, e atravessou-a num movimento rápido e seguro (só vendo). Veio tateando as paredes, cambaleante. Um carro passou de farol alto e ele mostrou a genitália por cima da bermuda, mostrou o dedo médio, e proferiu palavras impublicáveis.

Passou a rua toda escorado nas paredes quando avistou o carro de Karina, a Gregs, estacionado em frente a nossa casa. Pensou: “Ih to fudido!”. Abriu o portão, deu um bicudo nos cães (Pandora, Bizunga e Carlinhos) e viu que a porta da cozinha estava fechada. Ninguém foi recebê-lo com alegria e felicidade. Foi então que teve um feliz idéia. Encheu o ar nos pulmões, abriu a porta da cozinha entrou em um salto, gritando:
- TCHA NAMMMMM!!!

Todos estavam de braços cruzados e putos, pois já tínhamos ouvido o barulho do portão , mas fomos surpreendidos pelo grito. Caí no chão de rir junto com meu pai e meu irmão, o Jiraya. Minha mãe fez um olhar de reprovação, mas tentando aliviar a barra do filho, disse:
- Que coisa mais feia, Vitinho!
Enquanto isso, Karina , a Gregs, puta da vida, soltou:
- Isso são horas? Não lembra que tínhamos compromisso? E a festa?
Vitinho, o Gugu, respondeu:
- Quê isso, paixão!! Ainda dá tempo! Vamos nessa!! E riu em seguida junto com todos nós, homens da casa.
E Karina, a Gregs, continuou:
- O quê?!!! Ir para a festa com você nesse estado? NUNCA!!!
Vitinho rebateu:
- BELEZA!! NÃO QUERIA IR MESMO!! E tratou de rir mais alto ainda.

Eu estava morrendo de rir com o Jiraya e meu pai, um velho sábio, careca, bombeiro hidráulico nas horas vagas. Eu não agüentava ver aquilo! Fiquei sabendo depois, que ele pulou na cama dizendo que ia dormir e Karina, a Gregs, tentava impedir jogando água de uma bacia na cara dele. Na hora que ela o molhava ele ria e ficava fazendo caretas pra ela e mostrando a língua, até que dormiram lá.

Hoje Karina, a Gregs, não faz mais parte de nossa vida. Vitinho – o Gugu, deu as contas dela e já está com outra.Minha mãe disse que ela é uma gracinha e já ta puxando o saco. Vai começar tudo de novo....


* Vitinho – O Gugu – apelido dado ao meu irmão caçula, Victor Hugo.
** Gregs = agregada

Vasco Jones é um cara que entrou no Sim,pessoas arrumando um estágio não remunerado e escravo,mas foi pra pegar uma das chefes dele. E já conseguiu!!

quarta-feira, 9 de maio de 2007

As aventuras de Vitinho - O Gugu*

Texto de Estagiário Jones

Os relacionamentos tendem a virar rotina. Sabe aquela fase de amor, morzin, morzão, morzaço, paixão, pode vir quente que eu estou fervendo, meu benzinho, nhami-nhami do meu cori ? REALIZA! Isso vai acabar esfriando.
Meu pai, um velho sábio, jogador de truco e mulherengo inveterado, quando eu era apenas uma gazelinha (jovem de perna fina, que às vezes se confunde com um bicho de quatro canelas, em fase de mutação de voz) me dizia:
- Meu filho! Sabes por que chamo sua mãe de preta?
- Não, pai. Por quê?
- Porque já esqueci o nome dela!

A rotina realmente SUCKS!!! Isso me lembra uma história de meu irmão Vitinho, o Gugu...

Vitinho, o Gugu, é uma figura simpaticíssima. Filho caçula de minha mãe, foi acostumado a apanhar da vida(dos irmãos mais velhos) desde pequeno. Não foi apreciado com a beleza espartana desse que vos escreve, pois não se parece comigo. Muito pelo contrário, ele lembra mais a figura traidora que pede pro Rei Leônidas que o acolha entre os 300. Mas é dono de um grande coração sem mágoa no peito. Sempre ridicularizado, e, personagem principal de todas as piadas de feiúra ou má formação congênita, nunca apelou e sempre levou na esportiva os apelidos, rindo de si mesmo. É o mais responsável entre os irmãos, o mais amado pela nossa comunidade. Um menino de Deus que sempre foi à igreja. Participa de todos os encontros de jovens. Pra que servem esses encontros de jovens, afinal de contas? Só serve para pegar mulher. Fazer casais! E foi aí, onde Vitinho , o Gugu, encontrou a sua GRANDE.

Karina, a Gregs*, era uma menina boa(eu disse era) e cega. Possuidora de um talento incrível na cozinha. Preferidinha de Mary Crazy Jones(minha mama), sabia como ninguém fisgar namorados – no caso pelo bucho – por que beleza mesmo, ali não havia. Enfim era um casal perfeito. Amavam-se e sorriam juntos dos apelidos impostos a eles às escondidas (casal cruz e credo, the ghost and the darkness, a sombra e a escuridão). Era uma de viajarem juntos, ficarem grudados, paixão pra cá paixão pra lá. Com cinco anos de namoro, eles ainda eram felizes. Feios, mas felizes.

Só que e rotina bateu e Vitinho, o Gugu, deixou levar-se pela coleira. Infringiu o art nº1548 do ¶ 137 da Lei que rege a macheza dos caras que vivem no “b da 8”. Karina, a Gregs, domou o cidadão a tal ponto que até em nossos festivais bimestrais de futebol de lama na rua, às nossas guerrinhas de arremesso de pedra ardósia, aos nossos embates de fogos de artifício,às nossas peregrinações ao sistema de esgoto de Sobradinho, Vitinho, o Gugu, era proibido de ir. O pobre coitado era forçado a todo fim de semana ir a algum batizado ou chá de bebê dos amigos feios da sua comunidade da igreja. Quando não era possível, os mesmos realizavam sessões de gravações de batizados e casamentos, em minha residência, regados a quantias módicas de suco de groselha com empadinha que minha mãe fazia. A velha se deliciava com aquilo e não só fazia fé, como apoiava tremenda blasfêmia. O filho já estava encaminhado para o casório.

Mas numa segunda-feira, Karina, a Gregs, ligou 67 vezes no celular de Vitinho, o Gugu, lembrando-lhe do compromisso firmado e marcado para o sábado próximo. Aniversário de um filho de um casal da igreja.

- Porra, de novo? Vitinho, o Gugu, se rebelara consigo mesmo no seu próprio interior(sic).
No sábado pela manhã, meu querido irmão, estava na faculdade "AEIOUDF". Já preparando-se para o evento de mais tarde, recebeu um convite que há muito não ouvia:
- E aê, Barrichello!! Vamos tomar uma depois da facu?
- Não posso! Minha patroa já me ligou 14 vezes me lembrando que temos compromisso.
- Qual é? Que horas vai ser? Se for de noite te garanto que 15h00 te deixo em casa.

A dúvida se arrastou até a hora de ir. Vitinho, o Gugu, excitado com a bagunça de sua turma, aceitou o convite. Era a oportunidade de sair da rotina. Juntou-se a eles e seguiram para um clube.

Já era 16h00 e Karina, a Gregs, já tinha ligado trocentas vezes no celular de Vitinho, o Gugu, mas não conseguiu falar com ele. Dirigiu-se à minha casa, onde contou toda a historia para Mary Crazy e para minha irmã, na tentativa de obter apoio psicológico. Eu e meu outro irmão, o "Jiraya" (além de ser o mais louco, é a cara do personagem japonês), jazíamos em nossos sofás esperando a night chegar. Trocamos olhares e rimos discretamente pensando em uníssono: “Tá fudido o moleque!!”

Enquanto isso, Vitinho, o Gugu, e seu amigo, desligaram seus respectivos celulares e curtiram a tarde livre de Karina, a Gregs, ao som de tinguelingue, feliz da vida. Totalmente embri, lembrou-se do tempo que era um homem sem compromissos inadiáveis. Misturou todo o tipo de bebida, dançou até o chão com as pattys de sua sala da "AEIOUDF". Não pegou ninguém, mas se esbaldou. Deixaram o local da balbúrdia, pegando carona para a rodoviária atrás de uma van, que naquele momento, era o veículo apropriado pelo nível de embriaguez de ambos. Vieram em pé...
Continua no próximo texto...

segunda-feira, 7 de maio de 2007

Top 10 - As músicas bregas (nacionais) que você adorava (e hoje tem vergonha de falar)

Como nem tudo era coisa de gringo na época da nossa adolescência (e infância), resolvemos fazer o post das canções nacionais que cantávamos feito loucos. As músicas selecionadas seguem a mesma linha das internacionais, portanto muitas pérolas acabaram ficando de fora, por não terem o apelo romântico, brega, e principalmente, por não ser unanimidade entre os Fenômenos.
Vale lembrar também da dificuldade em encontrar os vídeos. Muitos não estão completos, não possuem a gravação original ou a imagem está completamente tosca, mas o que vale é a recordação. Divirtam-se!

Quero agradecer de coração ao nosso “Estagiário” e ao amigo Felipe Campbell, que contribuíram para o post com muita dedicação e empolgação, mostrando que todo mundo tem seu lado brega, e melhor, sem medo de assumir.


10 – Fagner e Eliana de Lima





Tudo bem que Fagner não é cantor brega, mas quem agüenta Borbulhas de Amor? “Quem dera ser um peixe, para em seu límpido aquário mergulhar, fazer borbulhas de amor pra te encantar” Sim? Brega é pouco!!! E Eliana de Lima? Tem música com mais cara de Videokê? A Família Buscapé não podia se reunir que era um tal de “Undererê...como dói a solidão...perdoa paixão”. Tesouro tem trauma até hoje!

9 - Tetê Espíndola



Pode ser afinada, mas que é um saco, é! Pelo amor de Deus! Uma mistura de coisas, uma roupa tosca, uma música meio romântica com esotérica...Aff! E que cabelo é aquele? O melhor de tudo é que me lembro de algumas figuras da Família Buscapé tentando imitar a Tetê Espíndola. Ah, se tivesse Youtube na época!

8 - Luã e Vanessa



Que casalzinho sem nexo! Só fizeram sucesso com essa música e desapareceram. Mas não tinha quem não cantasse a tal da música. E para os mais animados, rolava até coreografia.

7 - José Augusto



Brega, brega e brega. O cara é chato de tão meloso, mas fiquei pasma ao ver que faz sucesso até hoje, fora do Brasil também. Não encontrei o vídeo dele cantando “Agüenta Coração”, mas tem vários em espanhol, inglês e até uma participação especial no DVD Limão com Mel In Concert (uhauhauhuahua).

6 - Roupa Nova



Quando você pensa em grupo de música romântica lembra logo de????????? Roupa Nova é claro! Vai me dizer que não sabe nenhuma letra? Encontrei vários vídeos, fiquei perplexa quando vi que sabia cantar quase todas as músicas, mas escolhi a música “Dona” porque é, sem dúvida, uma das piores (e mais cantadas) músicas de novelas. Quem não se lembra do casal Senhorzinho Malta e Viúva Porcina? Aff!

5 - Fabio Jr.



Se ele não é o rei, é o príncipe. O que tem de vídeos, homenagens, choros e menções a ele na internet, não é brincadeira. Quando eu e o Tesouro éramos pequenos, tínhamos uma babá (que até me seqüestrou) fã dele. Ela enchia o quarto de pôster, fotos, capas de discos e ouvia todos os dias. Tenho até uma prima que adorava ouvir Caça e Caçador. Ela voltava à fita umas 200x e ficava sonhando com o gatinho dela. Acho que Fabio Jr. me persegue!

4 – Biafra



Sim? Percebeu a razão de o vídeo estar na lista? O nome da música é brega, o nome dele é brega, a letra é brega, o vídeo é mais que brega... Enfim!!!!

3 – Ritchie



Uhuuuuuu! Até hoje eu fico tentando imaginar como seria um “abajur cor de carne”.

2 – Yahoo



“Mordida de Amor” foi a música que me deu mais trabalho para encontrar. Não consegui o vídeo do Grupo Yahoo, apenas essa galera tosca atacando de cover. Mas não poderia ficar de fora, já que é uma das músicas mais bregas (e engraçadas) de todos os tempos. O irmão de uma das Fenômenos, gostava de cantar a música imitando a voz do cantor e fazendo os gemidos. Alguém cantava diferente? Sofrimento total!

1 – Rosana



A rainha, a mãe, a deusa! Alguém pode me explicar o cabelo, a capa, a roupa e a cara de “Bolacha Maria” deste ser humano? E o pior, é que a gente imitava a dança, o fervor, o sofrimento, em coreografias. Todo mundo dava o que podia mesmo. Um horror! Primeiro Lugar com louvor!


Faixa Bônus – Marquinhos Moura



Também não consegui encontrar o vídeo original da canção. O cara é uma mistura de Marcos Frota com Chimbinha e fez um tremendo sucesso com essa música. Mas acho que foi só! Nunca ouvi falar de nenhuma outra canção dele. Outro dia, estava trocando de canal, e vi a figura cantando (a mesma música) num programa do Sílvio Santos. Quase morro de rir com o desempenho! “Não me entregue a sóóóólidão, meu mel...” Nem sabia que ele ainda estava na ativa!

domingo, 6 de maio de 2007

quarta-feira, 2 de maio de 2007

Dicionário Fenomenal - Parte II


Em abril de 2006 nós publicamos o primeiro dicionário contendo as palavras e expressões mais usadas pelos Fenômenos. Como o número de bafões (e de aventuras) cresceram, nosso vocabulário aumentou. Para que ninguém fique boiando ao ler os textos, resolvemos fazer a segunda parte do dicionário fenomenal. Confira:


“Amém, amém, senhor...” – expressão usada (sempre com as mãos nos ouvidos) afim de evitar o conhecimento de detalhes sórdidos dos momentos íntimos de casais ou peguetes. Deve ser cantada como uma musiquinha de igreja mesmo (e no tom mais alto do que a pessoa que está tentando contar o bafão).

Cabelo batidinho – cabelo desarrumado ou sem escova. Ex: "E agora? O Grande me viu de cabelo batidinho!"

Caldo de Canas Móbile – carro com escapamento furado, fazendo barulho de máquina de moer cana. O carro de Paulão é o dono do apelido atualmente.

Contar moeda na frente de pobre – fazer inveja. Ex: Quando você fica no 0x0 numa festa e sua amiga fica enrolando pra ir embora, aos beijos e abraços com o Grande dela na sua frente.

Criatura Simplória – nome muito utilizado por Tesouro para definir os Fenômenos. Geralmente usada com um ar de superioridade para desdenhar do pobre que acabou de aprontar alguma. Ex: "Eu sabia que não ia dar certo, sua Criatura Simplória!".

Dar as contas – terminar o relacionamento. Ex: Dei as contas daquele frango!

Dar o que pode – dar o melhor de si na comemoração, na dança, na conquista. Geralmente quem dá o que pode chama atenção pelo show ou pelos bafões causados no ambiente. Ex: Gláucia deu tudo o que podia no churrasco.

Duplo Mortal Carpado – acrobacia, posição. Usada como exagero para definir o desempenho sexual. Ex: "Nossa! o Fulano estava tão empolgado que eu já estava dando um duplo mortal carpado sem perceber. Misericórdia!"

Embri – pessoa embriagada. Ex: Vascojones ficou embri e, como sempre, deu trabalho no churrasco.

Esgoelar – cantar (na maioria das vezes desafinados). Ex: Fenômeno não canta, esgoela.

Iewwwww – grito de superioridade ou para tirar sarro de alguém. Bastante utilizado também quando um Fenômeno quer botar pilha numa discussão. (Lembra quando você estava na 5 série e a professora chamava sua atenção? Ou quando alguém te dava um fora na frente de todos os seus amigos? A galera logo vinha com um “iewwwwwww”, até que você começasse a chorar ou saísse no tapa).

Insu – pessoa insuportável, metida, chata. Ex: O Zethi é um legítimo insu.

Limão – pessoa azeda, chata, na TPM. Ex: "Ô menina! Acordou azeda hoje, hein? Vou te dar o prêmio Limão da semana".

Michael Douglas – o amigo tarado da turma.

Momento DéjaVú – quando um Fenômeno ou agregado se pega com um ex. É o famoso flashback.

Nos Braços de Morpheu – dormir, sonhar.

Pegação Forte – algo mais que beijinhos e abraços.

Sá – cidade satélite. Ex: Tenho certeza que fulano é morador de Sá!

“Só a borracha!” – expressão usada quando o casal é pego em flagrante ou quando aparece na frente da galera cheirando a sabonete erva-doce, com os cabelos molhados e com cara de sexo.

Theron – menção ao traidor do filme 300. Geralmente um "Amigo Itaú" ou o falso da turma.

Tingueling – ritmo de axé (ou será pagode?) que os Fenômenos detestam, mas que toca na maioria dos churrascos. As bandas que tocam isso possuem uns nomes toscos. Ex: Psirico, Os Bambaz.