As histórias são toscas, mas verdadeiras. Depois me digam se os Fenômenos vieram ao mundo a passeio.
Parte I – Audição e Tato (para explicar minha história foi preciso contar as peripécias de um amigo expert no tato)
Anos atrás resolvi passar o carnaval em uma cidade de interior. Como fui com uma galera, na divisão dos quartos tive que dividir com mais dois loucos. Até aí tudo bem, sabia que seria uma grande aventura, pois no carnaval a galera é só empolgação, e com tantas “brejas”, vodkas e energéticos, dormir seria grande luxo. No primeiro dia de carnaval você suporta de boa as confusões, luta contra o sono e é tudo uma maravilha. Mas já dá para observar as “figuras” que vão dar trabalho para o resto da galera.
Sempre tem o cara de pau da turma que se acha o “tal” e que diz que vai pegar geral. Forte, ele se acha lindo e para ser o cara muito social, começa pagar mil bebidas para as “gatinhas” da cidade e no final das contas só toma toco. Mas como quando está no inferno, a solução é abraçar o capeta, pega a mais mukissa, aquela que fica sobrando segurando uma latinha na mão, e se acha o MAIOR de todos. Para piorar, ainda tenta tirar onda da cara de seus amigos que não pegaram ninguém a noite toda. O pior é agüentar!
Na segunda noite do carnaval lá pelas tantas, fui dormir já morto de bêbado e não agüentando mais a vida mundana. Tive que deixar a porta do quarto sempre encostada, pois não dá para ficar abrindo e fechando a porta toda hora que um dos loucos resolve voltar. Eis que estou nos braços de morpheu, quando um dos loucos resolve trazer um “quarto elemento” para o quarto.
Lá para tantas, a “nova elemento” do quarto resolve tomar uma ducha e acho que foi mesmo é fazer uma ducha básica, pois deveria esta um pouco vencida do dia inteiro pulando carnaval e não tem esta que fique cheirando a rosas. Vi que era uma garota asseada e até com o corpo formoso (nossa! de onde tirei isto?) e estava pronta para uma noite de sono com o bêbedo que só roncava. Não sei de onde surgiu tanto amor, mas tudo bem.

Eis que o sujeito resolve comer a guria ali no quarto e pega a camisinha. Pronto! Começa aquele barulho infeliz de abrir o pacote. Fiquei com ódio, mas não podia fazer nada. Não tinnha o que fazer. Peguei o travesseiro e coloquei na cabeça.
Como tava um breu desgraçado, o bebum tinha que fazer tudo no tato mesmo, por que enxergar era impossível. Dava para ouvir os sussurros de está aqui, aí não abre, cuidado pra não rasgar, e eu me segurando para não cair na gargalhada. O cara parecia certeiro na tática do tato.
Abriram a tal camisinha e o cheiro da borracha infestou o quarto. Beleza! Vai rolar logo e vou poder dormir. Teria sido breve se o sujeito não inventasse de comer o (como vou chamar, para não deixar a galera de queixo caído? .........Penso, penso e nada) da moça, e aí começa uma luta de bárbaros pelo o reino da felicidade do mocinha.
- Aí não, lindo.
E ele dizia:
- Só um pouco.
E ela:
- Já disse que não pode.
E ele:
- Mas só a cabecinha.
- Ô filho da puta, a mulher não quer dá o “marquês de rabicó” para você, então relaxa e vai do papai mamãe e deixa os outros filhos da puta dormirem em paz.
Mas como não queria deixar a mocinha sem graça, resolvi mudar de lado e assim deixar com que resolvessem da melhor maneira aquela luta. Acho que ele foi no tradicional mesmo, pois não ouvi mais nada e consegui, enfim, adormecer.