terça-feira, 29 de abril de 2008

Na dependência do celular

Eu não lembro mais do ano em que ganhei meu primeiro aparelho celular. Lembro da minha vida antes dele. Nossa! Acho que era bem mais tranqüila. Claro que o aparelhinho trouxe vários benefícios, mas não adianta dizer que essa facilidade e agilidade não tornaram a vida bem mais esquisita e dependente.

Um dia desses esqueci o celular quando saí de casa. O mais estranho foi que assim que pus os pés fora de casa, fiquei com aquela sensação de que estava esquecendo algo, mas nem me toquei que era o aparelho. Quando cheguei ao médico e vi que o celular tinha ficado em casa, fiquei agoniada. E nem esperava por uma ligação.

Fiquei pensando em como era antes. Se as pessoas queriam me encontrar, tinham que ligar na minha casa, e se eu não estivesse por perto, tinham que torcer para que o Tesouro lembrasse de dar o recado. Nada de correria, ou de me encontrar no meio da rua, no trabalho ou no cinema. Tinham que esperar. E era bom chegar em casa, ansiosa, e perguntar: “Alguém me ligou?”. Se o gatinho do colégio tivesse ligado...Uma noite sonhando com ele!!!

Hoje as pessoas malham com o celular ao lado, vão correr no parque com o celular pendurado na cintura, e atendem as ligações até andando de bicicleta. Impressionante! Sem falar que quando esquecem, ou deixam o aparelho em casa, tratam de mandar até sinal de fumaça para explicar que não estão com o bendito ao lado. Vai que alguém tenta ligar e não encontra? Fim do mundo!!!

Quem já teve (ou tem) um namorado ciumento sabe bem o inferno que é a vida com um celular. Um dia desses uma amiga estava indignada porque o namorado dela não acreditou que ela tivesse esquecido o celular em casa. Ele ligou várias vezes e ninguém atendeu. Já ficou imaginando mil coisas. E ela tentando se explicar!

Não podemos negar que o celular aproximou, mas transformou a palavra das pessoas em pouca coisa. Se a bateria acabou, a mensagem não chegou, o sinal não pegou...Confusão na certa! E mesmo que a pessoa diga não se importar, sempre fica meio desconfiada, não tem jeito.

Antes que venham os bombardeios de comentários falando dos benefícios do celular, eu já vou dizendo que concordo. Claro que foi uma das melhores invenções do século passado, mas não adianta dizer que não causou uma dependência. Como um vício mesmo.

Quem aqui ainda sabe os números de telefone dos amigos de cabeça?

8 comentários:

Antonio Ximenes disse...

Pessoas.

Meu primeiro celular... era um "mondrongo"... um "tijolo"... que para aumentar a breguice... tinha uma capinha que prendia no meu cinto.

Parecia um revólver... rs.
Ô tristeza !!!

Hoje estão todos pequenos e (estranhamente) indispensáveis.

Existem fatores positivos e negativos neste aparelho.

Tudo é uma questão de adaptação.

Abração procês.

Anônimo disse...

Concordo com tudo. E olha que eu não uso um, mas DOIS celulares. Mas eu não tenho muito estresse com eles. Sou o rei do "END". Quando não quero falar, não tenho tempo ou simplesmente não estou a fim de atender meu telefone, eu não atendo. Dou END. Ou simplesmente deixo em casa.

Nas duas vezes que viajei de férias para Europa (neste ano e em 2004), percebi que não sou viciado em celular. Me virava muito bem sem ele. E nem ligava de não receber ligações o tempo todo.

Acho que o grande lance do celular é saber dar END. Não se pode viver na dependÊncia de atendê-lo sempre. Afinal, as operadoras são uma merda, né? O telefone pode não tocar. A mensagem pode não chegar. E, além disso, você pode ter deixado "sem querer" no silencioso ou a bateria ter acabado, né? hehehe...

Beijos. Tô com saudade.

Anônimo disse...

Saudade da Nina.
Saudade do Vasco.
Não estou com saudade da Helen.
Saudade do Bruno.

Sem mais, Zethi.

Anônimo disse...

Em tempo: o texto do salão de beleza ficou irado! Morri de rir! hehehe! Beijos!

VascoIJ0neZ! disse...

olha eu tb tenho dois celulares

um so pr ahelennat me aziar
e outro que eu deixo em cas aporque eh tim e é caro..
afff

VascoIJ0neZ! disse...

ei zethi!

saudade d evc tb
saudade da nina
nao tenho saudade do bruno
e saudade da helen e da barbarella

Anônimo disse...

Eu tb não vivo mais sem esse aparelho!
Mas acho que o unico numero q sei de cabeça é o da Nina! (será pq hein)kkkkkkkkk


Ps: Bons tempos aqueles,em que eu chegava em casa e minha mae deixava escrito todos os nomes que tinham ligado!


VASCO! eu nao fico te aziando!vc q vive no meu pé!rsrsrs

Zethi seu chatinho!Como assim vc nao tem saudade de mim!?


Adorei o texto Ninoca!

beijocas!

Dante Accioly disse...

Cara,

Fiz um teste comigo mesmo. Passei as duas últimas semanas com o celular simplesmente desligado dentro de uma gaveta de casa. É libertador. Por mim, não usava nunca mais. Cheguei á conclusão de que não sou muito fã de telefone. Mas... O trabalho exige... :)