terça-feira, 30 de janeiro de 2007

É melhor continuar assim


Tem dias em que vou dormir pedindo a Deus para acordar uma pessoa medíocre. Igualzinha a essas mulheres que existem por aí, que a gente vê diariamente na rua, no trabalho, na televisão. Aquelas que você olha e sabe que não têm muitas pretensões, sabe? Aquelas que viver já está de bom tamanho.

Talvez elas não estejam erradas, talvez seja melhor viver assim do que ficar o tempo todo tentando entender coisas sem sentido, tentando ser do jeito que os outros pedem ou esperam de você. Talvez ser medíocre não me fizesse sentir um ET e me desse a sensação de pelo menos uma vez “estar agindo corretamente”.

As pessoas parecem preferir os medíocres. São mais amados, compreendidos e até aceitos. Então, ser assim pode trazer a sensação de conquista, pois seria o que ‘o tal cara’ esperou de mim, ou o que a sociedade espera de mim. Eu li um desabafo de uma blogueira onde ela diz que “ser medíocre pode facilitar definir o sucesso”. E sinceramente, não ando sabendo muito como definir isso.

Não ser medíocre cansa, entristece, acaba com as esperanças porque temos que estar constantemente lutando contra a maré. Seria mais fácil me contentar com as migalhas oferecidas e não me doar demais, não amar até o fim ou não entender e perdoar cada facada no meu coração. Mas como eu disse... Seria. Quando acordo e vejo que continuo a mesma, percebo que não nasci pra ser mediana, insignificante. Não gosto da idéia e parece que Deus também não.

Se parar para pensar, é mais difícil pra mim ser medíocre do que ser eu mesma, principalmente quando tem algo aqui dentro me dizendo que não posso ser “igual”. Tenho meus medos, e são muitos, mas ao contrário dos medíocres, que se apegam a eles, eu os enfrento. Mesmo com meus poucos metros de altura. A culpa disso tudo? Definitivamente é de minha mamãe. Quem mandou fazer uma criatura tão insistente e forte?



Recebi o videozinho por email. Gostei da música! Passa direto na propaganda de ER.

sábado, 27 de janeiro de 2007

Ninguém julga ninguém



Há muito tempo atrás os fenômenos resolveram ir a uma festa brega e sempre nestas festas ou você já tem uma companhia ou vai ficar sozinho a noite toda, afinal a possibilidade de “pegar” alguém é mínima, pois todos com aquelas roupas toscas. Mas como esta galera aqui não tem medo de nada, encaramos a balada,“lindos”, dentro da possibilidade.

Eu encarei um terno “cor de carne” que meu pai guarda há anos, um “big” óculos e uma carteira de mão, no mais estilo “bicheiro”. O velho ainda ficou bravo quando eu disse que estava indo a uma festa brega com as roupas dele. As meninas são as mais engraçadas, pois tiram cada roupa do “arco da velha”, aquelas que você tenta imaginar alguém vestindo aquilo e não consegue.


A Nina apareceu com um vestido verde “planta”, tubinho, de camurça e um laço de fita no cabelo. A Júlia resolveu atacar com um “macaquinho” de linho, duas cores, com o detalhe de que para ir ao banheiro tinha que tirar toda a roupa, por que os botões eram na alça. A Helen investiu numa blusa de oncinha com botões dourados e uma calça de legging cereja, além dos brilhos pra todo canto da cabeça, um verdadeiro arco-íris. Como os Fenômenos estavam atravessando uma fase bem louca, de curtição, assim que saímos de casa, fizemos um pacto: “Aconteça o que acontecer nessa noite, ninguém julga ninguém”.

Apesar daquela quantidade de coisa brega, a festa estava engraçadíssima e os Fenômenos já interagiram desde o começo. Júlia e Helen encararam a pista de dança, enquanto eu e a Nina investimos no bar, atrás de uma “farmacinha” (a mistura de tudo quanto é bebida do bar. Quando o troço começar a ficar verde, ou roxo, atingiu o ponto). Na hora é bacana, mas depois de duas horas é que o bicho pega e aí você só volta ao normal no dia seguinte. Tem gente que só voltou dias depois (kakakakakak).

Lá pela tantas, começou uma troca de olhares entre a galera, pois aquela altura ninguém se lembrava mais das roupas bregas e das músicas do lugar. Eis que surge um “perfume” ao meu lado e as meninas já começaram com a falação em códigos. Eu não entendia o motivo de tanta risada e de tanta falação, e depois que fiquei com ela foi que a gozação aumentou. Explico melhor. Era só eu me aproximar e alguém soltava: Fala, Perfume de Gardênia! O nome da menina era Gardênia e as Fenômenos, já embris, pegaram a pobre para Cristo e me zoaram a noite toda.




Enquanto eu me empolgava com minha nova “empreitada” nem pude perceber que a galera já estava se ajeitando também. O momento “Déjà Vú” foi algo que nem passava pela cabeça de duas das “Fenômenos”, mas como estavam ali com tantas “framacinhas” na cabeça, e eu ainda “contando moeda em frente de pobre”, resolveram dar este “show” básico e ficaram com suas ex - pegações. A outra, relutava em ficar com um amigo do amigo, pois o cara estava um pouco fora de “foco” (gordo, mesmo) e aí dizia aos quatro ventos “que não ficaria”, mas a pressão foi grande e acabou cedendo ao charme do amigo “fatboy”.

O espetáculo já tinha acontecido e quando os organizadores da festa já estavam acendendo a luz do lugar, resolvemos ir embora. Você acha que cada um foi com sua respectiva “pegação”? Não! Como fomos em um único carro, voltamos juntos. Os amigos inseparáveis rindo muito de tudo e cada um falando mais alto que o outro, sem é claro, nenhum tipo de julgamento. Nossa amiga do “macaquinho” resolve me pedir para parar o carro, pois ela precisava fazer “xixi”.

Parei o carro e ela desceu, olhei pelo retrovisor e vi que uma galera estava parando atrás, achando que meu carro tinha quebrado, e quando viram a cena, caíram na risada. Nossa amiga teve que pular pra dentro do carro, nua, afinal precisou abrir toda a roupa. Quase morremos de tanto rir. Sem falar nos outros que viram a sua “bunda ao luar” quando se levantou para entrar no carro. A tosca ainda entrou me xingando por que não avisei que tinha gente se aproximando! Ótimo vídeo para Youtube!

Chegando na casa de nossa amiga “Hera Venenosa”, 7h00, ela só a maquiagem caída (parecia um panda) inventa de se despedir gritando:

- Oh Bruno, vou dizer para o meu pai que o carro deu um problema e por isto que estamos chegando agora viu?

Eis que a gente ouve um barulho no portão, e Paulão sai com a camiseta branca (de sempre) seu bermudão e o chinelos:

- Vai dizer o que, ô Samambaia?

A gente só ria dentro do carro, enquanto a “bocuda” entrava sem dar um pio.


Lá pelas cinco da tarde começaram as ligações para fazer análise do ocorrido. Fui buscar as meninas e quase morri de rir com a cena: todas de óculos escuros, cabelos amarrados e mudas, ou melhor, monossilábicas. Um silêncio de fazer inveja a qualquer biblioteca. Resolvemos engatar num sorvete, pois depois de tanto bafão, ninguém conseguia comer nada sólido. Eu estava morrendo de medo de ser zoado por causa do “Perfume de Gardênia”, mas quem disse? De uma certa forma, cada um entendia o lado do outro. Eu com “meu” perfume, as duas com seus ex-peguetes e a pobre com seu “fatzinho”. Sem falar, é claro, na “farmacinha” que rende boas histórias até hoje.

quarta-feira, 24 de janeiro de 2007

Um super-herói na cama

Sábado os Fenômenos resolveram encarar um programa agitado e dar um tempo nos estudos, afinal o calor estava de matar. Foram curtir uma “roda de samba” e ainda conseguiram sobreviver a vários bafões (pra variar um pouco). Encontraram até uma amiga, que fazia tempo não se juntava ao grupo, mas nesse dia, resolveu “dar o que podia” também.

Quase morremos de rir da história tosca que conseguiu nos “confidenciar” em meio a nossa roda e muitas brejas. Quando a mulherada se empolgou e começou a soltar as pérolas, das últimas “criaturas simplórias”, que estão se envolvendo (ou se envolveram), nossa amiga, conseguiu superar todas as histórias.
Segundo ela, começou a sair com um cara da faculdade. O cidadão era lindo, bonzinho, gentil, enfim....quase um lord inglês, mas ela tinha “dados as contas” dele. Quando perguntamos o que havia de errado, ela disse que ia resumir em apenas uma historinha.

Saíram pra jantar e ela sentiu que o cara tava querendo “investir” naquela saída. Estava meio receosa, afinal não saberia ao certo o que poderia acontecer depois daquela noite, mas resolveu arriscar e foram para o apartamento dele. Tudo parecia perfeito. Conversaram bastante, beberam vinho, ouviram música e o meliante, enfim, resolveu avançar.

Pega daqui, rola dali, beija acolá, e nossa amiga achou tudo muito bom. Foram para o quarto e o moço, desesperado, começou a arrancar a roupa dela, enfurecido mesmo. Luana (vamos chamá-la assim) achou um pouco esquisito, mas levou numa boa, “vai que o cara estava com muita vontade”. Beijos e roupas arrancadas, o sujeito começou a querer umas posições loucas e nossa amiga se sentiu a própria Daiane dos Santos, dando um “duplo mortal carpado”, na cama.

Nessa altura da história, a gente já estava dando crise de risos, quando ela disse que não era o pior. Enquanto rodopiava sem parar, o rapaz “dava o que podia” e até que se saía bem, mas cometeu um erro que fez com que ela travasse totalmente.

-Gente! Tive que pensar nas contas que tenho que pagar pra não cair na risada.

- Hahahahaha. O que foi que ele fez?

-Estávamos no rala e rola e percebi que ele ia gozar. De repente começou a fazer uns ruídos estranhos.

-Ruídos estranhos? Gemendo?

-Não.

-Fala logo, mulher!

- Ele começou a gritar: “Ai, ai, ai, ai, SHAZAM!

- O quê? Haahahahaahahahah

-Eu tive que me segurar e ainda fiquei pensando se tinha que responder alguma coisa.

-Hahahahahahaha Você falou alguma coisa?

-Eu? Fiquei parada, sem saber o que fazer. E não podia rir, ne?

Eis, que outra Fenômeno, morrendo de rir, entra na conversa e pergunta:

- Ué, por que você não entrou na onda e falou o nome de alguma heroína?

-De certo! Só faltou eu gritar: “Eu sou Sheeeee-raaaaa!!!!

domingo, 21 de janeiro de 2007

Analisando Currículos

O ano começou e já veio cheio de bafões. Os Fenômenos resolveram aplicar algumas mudanças no ritmo de vida, seguir algumas regras e até cumprir algumas promessas que foram deixadas de lado no ano que passou. Conversando com uma amiga no cursinho, um Fenômeno descobriu um novo termo para nosso dicionário, algo que, com certeza, já faz parte das metas para este ano.

Diante da novidade, segue o primeiro diálogo de uma Fenômeno versão 2007 com um “pretendente”, que nem era lá essas coisas, mas como beleza não e tudo, ela resolveu tentar.

- Oi! Tudo bem com você?

-Tudo ótimo! Qual o seu nome?

-Marcílio

-Prazer. Fenômeno.

- Você vem sempre por aqui?

(Pergunta errada. Mas tadinho, vou dar mais uma chance)

-De vez em quando. Hoje é aniversário de uma amiga.

-Posso te conhecer?

(Meu Deus, essa pessoa tem quantos anos?)

-Olha só, Marcílio. Antes, eu tenho que te fazer umas perguntinhas. Pode ser?

-Claro! Manda aí, gatinha!

(Ai que tosco!)

- Quantos anos você tem?

-28.

-Mora no plano mesmo?

-Sim. Asa Norte

- O que você faz?

-Sou analista de sistemas

(Hum...um provável aprendiz de louco)

-Onde você trabalha?

-Politec.

(Vive psico com medo de ser substituído. Melhor mudar de assunto)

-É casado?

-Não.

-Tem filhos?

- Que eu saiba não.

(Resposta idiota! Certeza que tem)

-Namorada?

-Não. Terminei já faz uns seis meses.

(Possibilidade de recaída e certeza que está curtindo uma farra)

- E você resolveu cair na farra?

- Não funciona bem assim.

- Hahahaha e como que funciona, então?

- Não sou o tipo de cara que cai na gandaia. Mas também não posso ficar entocado em casa, ne?

(Mentirooooso! Jurando que está abafando).

- Certo!

- O problema é que estou numa fase complicada.

(Se entregou. Esse aqui já era! Já sei o que ele está querendo. Mas vou enrolar esse otário mais um pouquinho).

- Você gosta de fazer o que, Marcilio?

- Ah! Eu me amarro em sair com a galera, jogar futebol, playstation, namorar e cinema também.

(O que e isso? Resposta de Chat?)

- Mas e ai Gatinha? Vai continuar nesse interrogatório ou vai me dar seu telefone?

- Claro! Anota ai 9.....

(Idiota! Vou dar o numero antigo do meu irmão.)

-Vem cá, você não tem telefone fixo, não?

(Meu Deus! O que é isso? Um quebrado?)

-Tenho sim! Anota ai 3.....

(O numero do orelhão do prédio onde meu irmão trabalha e me liga quando esquece o celular! Hahahaa )

- Olha só, Gata! Eu podia te ligar, e a gente marca de fazer alguma coisa, o que acha?

-Tudo bem!

(De certo que vou sair com esse loser)

-Mas tenho que ser sincero com você. Te achei linda, divertida, legal, mas estou numa fase difícil.

-Então por que você quer sair comigo?

- Para te conhecer, ué! A gente pode ir se conhecendo aos poucos. Deixar rolar! E ai? Posso te ligar?

(Sei o que você quer conhecer, cretino)

- Olha só, Marcílio. Seu currículo já foi analisado e está no meu banco de dados. Surgindo qualquer oportunidade, eu entro em contato, tá?

(Ogro!)

terça-feira, 16 de janeiro de 2007

Top 10 - Os sacrifícios que você já fez por seus amigos (e vai jogar na cara o resto da vida)



Para os Fenômenos, amizade é sagrada. Não interessa o tempo, o lugar, quem está com quem, nossa amizade enfrenta qualquer coisa. Talvez seja por isso que já dura alguns milhões de anos. O segredo pode estar na fidelidade de cada um e principalmente, na capacidade de tirar uma lição (sempre bem humorada) de cada uma das situações que vivemos. Diante desse blablabla, resolvemos listar alguns sacrifícios que já fizemos (e faremos sempre) em nome da amizade. Como já foram muitos, listamos os mais toscos, mais engraçados e aqueles em que SEMPRE há alguém que joga na cara logo que um de nós menciona não "ajudar".


10 - Levar (ou buscar) sua amiga na rodoferroviária ou no aeroporto às 5h30 Você saiu com a galera, está tomando todas, se divertindo, e de repente lembra que sua amiga pediu que você a deixasse no aeroporto 5h30. O jeito é continuar e ir direto da rua ou diminuir o ritmo e rezar para ela ter procurado outro filho de Deus ou, simplesmente, tenha desistido de você, o que na maioria das vezes não acontece. Só sua família sabe o mau-humor que você fica o dia inteiro.

9- Dar uma de psicóloga ou conselheira Você está "nos braços de morpheu" quando de repente seu celular toca. Seu coração dispara, porque ligação de madrugada só pode ser notícia ruim. Você atende com aquela voz de locutor de rádio e é sua amiga, aos prantos por que acabou de tomar um toco, ou viu o Grande com alguém. É a hora de invocar os espírito de Freud, ou qualquer um parecido, despertar e tentar, pelo menos, acalmar a psica.

8- Sair com sua amiga e o cara que ela está saindoQuando o casal já está saindo, a amiga está em dúvida se está se amarrando no cara, se vai render, mas suspeita que o cara vai querer pegação forte no próximo encontro. Desesperada, inventa te levar. A única certeza que resta é a de que o cara vai te odiar pro resto da vida e ainda te queimar pra todo mundo chamando de “a empata foda”.

7- Encarar um programa em que está todo mundo armado e você nãoAcredite, Os fenômenos já fizeram muito isso. Tipo...cada uma tem um e a outra não. Só sobra um “orc bêbado”, ou aqueles “nerds concurseiros insuportáveis”.

6- Sair, mesmo estando morrendo de cansada, porque sua amiga está deprimidaVocê acabou de chegar em casa, morta, querendo dormir, cabelo “batidinho” e sua amiga liga, triste, deprimida por que levou um mega toco. O jeito é tomar um banho, prender o cabelo e ajudar sua fiel escudeira. (Lembrando sempre de jogar na cara quando a história acontecer com você).

5- Cuidar de sua amiga que bebeu demais e deu show Toda balada tem um que passa da conta. Ou passa mal, vomita tudo em todo mundo ou arruma um barraco e chora. Chora por que ama, por que não é correspondida, por que viu o infeliz do Grande, ou o ex se pegando, e vomita...

4- Desligar o telefone de casa e o celular por que sua amiga disse pra mãe que ia dormir na sua casa - Sua amiga inventa de dormir na casa do namorado, mas a mãe não pode saber. O que ela inventa? Que vai dormir na sua casa. Pronto! Você tem que desligar todos os telefones ou sair correndo pra atender toda vez que o infeliz tocar, afinal sua mãe também não pode saber da mentira.

3- Esperar dentro do carro até sua amiga se despedirA festa já acabou, você está embri, morta, não se pegou (ou seu peguete já foi embora) e você tem que esperar por sua amiga que se pega loucamente (de preferência encostada no carro, que é pra te matar de raiva). O tempo passa, aquele barulho miserável de beijo, você ficando de ressaca e nada da "beleza" desconfiar. O jeito é cortar o barato do casal, ou dar um jeito de pegar no sono.

2- Ir buscar sua(s) amiga (s) na casa do namorado no outro dia e cedo Vocês foram para uma festa, sua amiga se pega com o namorado, ou o Grande (o que é quase certeza que a infeliz não vai voltar com você), liga para a mãe e avisa que vai dormir na sua casa (item 3) e ainda te encarrega de buscá-la no outro dia DE MANHÃ. Tipo...você chegou 05h00 por que ficou até o fim da festa e a beleza te liga 09h00, toda sorridente.

1- Pegar o amigo do ficante de sua amigaSua amiga está doida para emplacar com um cara, mas ele tem um amigo que é um verdadeiro “empata”. Ela não pode ser desagradável com ele, por que o ficante vai ficar p. da vida e "dar as contas" dela, então tem a brilhante idéia de apresentar uma amiga (você). Na maioria dos casos, o cara é um “orc”, um verdadeiro “dragão de comodo” e faz os estilos nerd ou palhaços. Sabe aquele que ninguém quer? Aquele que provavelmente ficaria até o fim da festa sozinho, no canto, bêbado e com uma latinha (quente) na mão? Aff!


sábado, 13 de janeiro de 2007

Série - Os cinco sentidos


Parte IV - Olfato

Chega ao final a série mais louca da face da terra ( e que me deu um trabalhão também, além é claro de ter deixado as Fenômenos loucas!). Quem é leitor, sabe o que digo.
A última personagem dessa série acredita que o cheiro é fundamental para tudo. Estávamos viajando, de férias, e ela ficava toda hora perguntando:

-Você sente o meu perfume?
-Sim, pessoa! Ave Maria!

Ela saía tão cheirosa que todos no hotel sentiam, mas ao chegar nos barzinhos, com aquela maresia toda, ela não sentia mais e aí perguntava:

- E meu perfume vocês podem sentir?
E claro que agente respondia que sim. Um perfume muito bom por sinal.

Meses atrás, Olfato (vamos chamá-la assim) conheceu um carinha num churrasco. O sujeito tinha boa aparência, era formado (preocupação de mãe), bonzinho e ela resolveu dar uma chance e tentar. Comer é outro forte dela, então vão a todos aqueles programas básicos de inicio de relação: Comer, assistir a um filme, comer, peça de teatro, comer, conhecer os “Fenômenos” (que não é nada fácil, afinal o teste de qualidade é quase um ISO), comer e aí vai.
Depois de sair com ele umas duas ou três vezes, ela revela algo intrigante:
- Galera, ele não tem cheiro!
- Ele não tem o que?

Eu, sem entender nada, pedi para ele se explicar. Ela relatou que o cara não tinha cheiro Nenhum cheiro. Não cheirava a desodorante (já pensou se cheirasse Avanço?), nem sabonete, nem perfume. Pensei que por um lado isto é até bom, afinal ninguém merece um “asa de águia”, aquele ser iluminado que passa o dia inteiro em um churrasco, dando tudo que pode. Dança com todas, vai até o chão com todas as biscates do recinto, bebe tudo o que vê pela frente e que ainda ajuda a fazer o churrasco. O dia passando e ele ali com aquela camiseta de um carnaval fora de época de 8 anos atrás que ( pega um fedor filho da puta e só jogando fora para se livrar do mal cheiro), e achando que é a última coca-cola light do verão. Mas para Olfato, que não tem o costume de esconder suas preferências para ninguém, resolve dar umas “dicas” de perfumes para o sujeito inodoro.

Combinaram de sair e ela resolveu tocar no assunto. Falou de perfumes e cheiros, a importância do cheiro das pessoas, deu uma verdadeira palestra e o cara, jurando que iria emplacar pediu uma dica de um perfume legal. Ela sem pensar duas vezes, deu vários nomes e até que animou um pouco em ver o interesse do pobre em agradá-la, pois a relação tinha sofrido um ligeira queda na “bolsa de valores”.

No encontro seguinte, o camarada aparece todo empolgado e sorridente. Nossa amiga, agindo normalmente, entrou no carro e não disse uma palavra. O pobre, morto de sem graça, resolveu perguntar:

- Não sente nada no ar?
- Não.
- Como não?
- Ah! Esse cheirinho que a gente coloca em carro? É gostoso!
-Nossa, comprei um Ferrari Black e tomei banho só para te encontrar hoje!

Olfato, muito sem graça, continuava não sentindo o perfume e na mesma hora, inventou que estava resfriada e talvez por isso não estivesse distinguindo bem o cheiro das coisas. Ou o cara bloqueou todo o perfume ou era “Genérico do Povo”. Depois dessa, Olfato resolveu despachar o sujeito (a reação dele é assunto para outro post). O que me deixou em dúvida foi essa história dela não sentir cheiro no cara.

-Sim, pessoa! Que história é essa?
-Ai gente! Não precisa cheirar a flores, mas tem que ter um cheirinho bom, senão não animo. O cara não tinha cheiro de nada!

O fato é que a pessoa é tão ligada em cheiro que não posso mais sair com pouco perfume que ela já solta a frase:

- Assim não vai impressionar ninguém, o cheiro e 50% da conquista, não viu o meu caso com o inodoro? Poderia até ido em frente, mas sem cheiro não rola.

Acabei concordando com ela. É claro que a pessoa não tem que carregar, mas não tem nada melhor que estar com alguém e sentir aquele cheiro de um bom perfume ou recém saída do banho. Muito bom!

segunda-feira, 8 de janeiro de 2007

Série - Os cinco sentidos


Parte III - Visão

De todas as histórias que contei aqui, talvez a mais incrível seja a desse Fenômeno. O sentido da pessoa é tão aguçado que chega a assustar. É comum a gente chegar aos lugares e a galera já começar a pedir pra ela fazer o reconhecimento no local pra ver se há um conhecido ou é claro, um Grande dando sopa.

O problema é que a pobre sempre vê alguma coisa, e na maioria das vezes, algo que, pra ela, não seria muito bom. Depois de analisar algumas das piores, e até engraçadas, enrascadas dessa “olhuda” de plantão, resolvi relatar algumas. Tenho certeza que depois de ler, vocês logo poderão identificar a nossa amiga Thundercats (olho de thundera).

Estávamos reunidos no República, bar que na época era novo, então bombava. Conseguimos uma mesa por que uns amigos das Fenômenos (os tais Amigos do Churras, já citados no blog) chegaram cedo e bebiam feito loucos. Naquela altura da noite, numa mesa de boteco, todos solteiros, as conversas eram as mais animadas possíveis e um dos amigos estava comemorando a quitação das dívidas, já se endividando (se pensarmos na quantidade de bebida que a galera pedia e botava na conta dele).

Como era uma quantidade razoável de pessoas, juntamos algumas mesas e intercalamos as turmas para rolar uma interação. Visão (vamos chamá-la assim), estava engatada numa conversa, até animada, com um dos amigos, quando olhou para a rua e reparou num carro que passava em frente ao Marujo (bar da frente). O carro passou rápido e a mesma velocidade foi a que nossa amiga se levantou e saiu correndo. Isso mesmo! Ela levantou e saiu na direção do carro que subia a rua, no sentido de quem vai fazer o balão e descer.
A tonta saiu derrubando as cadeiras das outras mesas, e sequer ouviu os berros da galera, e principalmente, do coitado que ela deixou falando com as paredes.Ficamos atônitos, sem saber o que tinha acontecido e preocupados também, afinal a louca não falou uma palavra, simplesmente levantou e saiu.

Os rapazes começaram a perguntar o que estava acontecendo e Olfato (vocês vão conhecer a história no próximo post) saiu atrás da amiga, que nessa altura andava como um zumbi, olhando para os carros que passavam, como se pudesse entrar nos veículos. Ela só parou porque Olfato deu um berro, vendo que ela quase esbarra no caminhão de lixo parado no estacionamento.
- Você está louca? O que está acontecendo?
-Eu vi o Grande! Tenho certeza que era ele.
-Pessoa, ele não te disse que estaria viajando essa semana?
-Pois é! Mas ele mente que não sente.
-Quer ver se era mesmo ele?

Olfato nem terminou a frase e a amiga agarrou o braço dela e a arrastou até o container de lixo mais próximo. Quase morri de rir ouvindo isso depois. Fiquei imaginando as duas, arrumadas, lindas, agachadas perto daquela imundice toda. Mas.... Era mesmo o filho da puta!

A doida sugeriu que elas andassem na rua como se não tivessem visto, pra notar a reação do mentiroso. Olfato assentiu, mas estava preocupada com a amiga, que tremia mais que vara verde. Quando deram de cara, ele não sabia o que fazer. Ficou rosa, branco, amarelo e como todo cafajeste que se preze, jogou uma mega desculpa pra cima de nossa amiga repolho. Olfato fingiu que ia atrás de uma amiga e desapareceu.

Eu continuava sentado com a galera, e todo mundo preocupado, especulava as causas daquele barraco todo. Eis, que me aparece Olfato, branca como um papel, fazendo gestos de que Visão tinha encontrado o Grande. Logo atrás vem o casal. Ele todo desconcertado inventou que tinha ido encontrar uns amigos e foi para o outro lado do bar.

Nossa amiga ficou arrasada. Pensei que não fosse agüentar e sugeri que fôssemos embora. As outras, gritavam aos quatro ventos que ele era um filho da puta, um pintor de rodapé (sim, ele é baixinho), que não prestava, essas coisas que a mulherada faz para aumentar o ego da amiga, mas só faz a cena parecer mais ridícula e a amiga se sentir mais humilhada. Os caras, sem entender bem o que estava acontecendo, só perguntavam quem era o cidadão, se ela queria que eles fossem lá dar um jeito nele. Mas o fato é que ninguém sabia como ajudá-la naquele momento.

Pra piorar, o infeliz ficava andando de um lado pro outro no bar, falando ao celular, e ainda olhava pra nossa amiga e sorria, com aquela cara de quem sabe que ela é seu repolho. Eu percebi que isso consumia Visão por dentro e já ia chamar todo mundo para ir embora, quando um rapaz chegou ao bar acompanhado de mais dois amigos.

A mulherada quase teve um troço! Num instante pararam de berrar e ficaram olhando pra ele e cutucando nossa amiga, que confusa com seus sentimentos, nem deu muita bola. E não é que o cara depois de um tempo começou a olhar pra ela?

A tonta perdida por causa do “toco de amarrar jegue”, não olhava pro cara, até que perdi a paciência:
-Sim, pessoa! Você usa essa porra dessa visão pra ver tanta coisa. Não é possível que não notou que aquele cara está te comendo com os olhos! Quer ser repolho pro resto da vida?

O fato é que Deus deu uma forcinha para os Fenômenos nesse dia. Nossa amiga conseguiu se vingar do Grande e em grande estilo. Pouco tempo depois de o cara ter se apresentado e sentado na nossa mesa, o Grande foi embora. O que mais me surpreendeu foi a força que Visão teve nesse dia, pois quem a conhece, sabe que ela pode ser a mais sensível dos Fenômenos.

Tudo bem que semanas depois estávamos nós, passando em baixo do prédio do Grande, e ouvindo nossa amiga chorar por que estava vendo a “garrafinha de água” dele na janela.
Olha... ainda bem que essa fase já passou! Mas o desfecho, até então sadio, e a volta por cima de Visão em cima do seu Grande, eu deixo para ela contar.

terça-feira, 2 de janeiro de 2007

Série - Os cinco sentidos




Parte II - Paladar

Esta é uma pessoa FENOMENAL, pois comer e beber do jeito que faz, poderia ser gordinha. Mas não é! Vou contar mais uma aventura dos Fenômenos para que possam entender por que nossa amiga em questão, levou o título de "paladar aguçado". E olha que a competição foi dura!

Mais uma historia de carnaval, dessa vez em Pirenópolis. As três loucas desse blog foram na frente, eu só pude ir depois, por que estava em Salvador. Perdi a comitiva, mas logo que cheguei fui informado que o veículo das beldades parecia um caminhão de brejas e drinks, já que estava todo equipado com isopor, caixinha térmica e algumas comidas pra disfarçar.

Como não estavam acompanhadas de nenhum ser do sexo masculino, se viraram da melhor possível. Difícil de imaginar? Eu explico. Chegaram na pousada, ou melhor, no “muquifo”, já abriram uma latinha e começaram a “trabalhar”. Sem falar nas vezes que abriram o porta-malas e forneciam o som pra galera da rua. Mas para começar, seguiram o tradicional roteiro de Piri, e foram para uma cachoeira que tinha várias quedas. Detalhe: todas as famílias com suas sacolas de roupa, comida e nossas amigas com a caixinha térmica.

Consegue visualizar a cena? Estas mocinhas levando uma caixa térmica, psicas pra não deixar cair, comida e ainda de biquínis e shorts minúsculos? Hilário! Uma delas liderava o grupo carregando a caixinha com a outra que só reclamava, enquanto a "retardatária" ficava pra trás já bebendo uma. Sei que das dez quedas, ficaram mesmo na primeira, afinal a “retardatária” deu logo um ultimato pra ficar na primeira que aparecesse pra comer uma coisinha. Como resultado, o acampamento foi na cachoeira mais farofenta de todas, mas quem liga?

Nossa amiga fenômeno do paladar aguçado tem sempre um jargão que é o seguinte: “Ai gente! vamos comer uma coisinha?” Ou “Vou beber um trocinho diferente”, leia-se Campari. Pois, a mulher é bruta e não bebe qualquer coisa não. Sempre com fome e sede, temos que acompanhar nossa amiga nesta difícil tarefa. Pergunta se alguém reclama?

Me junto ao grupo e aí já começa a exploração. Tenho que comprar gelo, cerveja, comida e tudo mais. Queria muito ir para uma cachoeira e nada de empolgação da parte delas, pois estavam mortas do dia anterior e queriam era curtir o carnaval na cidade. Para quem não conhece os Fenômenos, eu explico: querer "curtir o carnaval na cidade" significa sentar num bar, ou ir pra alguma festa e “dar o que pode” até o primeiro "dar ponto de ir embora". Muitas vezes nem assim! Mas isso é assunto pra outro post. E ficamos na cidade mesmo. “De bar em bar” como diz uma musica que rola por ai.

No último dia nossa amiga resolve dar um show à parte. Passamos o dia no bar de “Richard Gere” (as psicas invocaram que o dono do lugar era parecido com o ator e pronto! Era Richard pra cá, Richard pra lá. Só o bafão) e é claro, as duas que não iam dirigir acabaram com tudo, enquanto a pobre que ia guiar o carro e eu passamos o dia ouvindo aqueles barracos de bêbados, putos da vida, bebendo suco e coca-cola. Quando íamos pegar a estrada, nossa amiga começa a ficar nervosa porque queria comer uma “coisinha” antes de ir.

Fizemos o pedido e ela, como sempre é a ultima pedir, pois escolhe o melhor e maior também. Sempre analisa os ingredientes do que vai comer. O lanche chegou e foi aquela destruição total. Todos em silêncio satisfeitos até que a Fenômeno em questão, manda trazer uma coxinha para abrir o apetite, já que o sanduíche dela não tinha chegado.

Eis que vem um megahipersuperpowerplus sanduíche. Pensei: “Não vai dar conta de comer de forma alguma!". Mas não falei nada para não tomar uma patada. Engano meu, comeu tudo em pouco tempo. Como eu não tinha conseguido comer tudo, estava meio sem graça de jogar fora e perguntei se ela queria a outra metade e a “draga” disse que sim. A galera quase morre de tanto rir, mas ela comeu tudo e ainda achando bom! Ainda me perguntou se eu tinha certeza que não queria mais.

Ficamos conversando um tempo na lanchonete, fazendo o balanço do carnaval, rindo de uma das Fenômenos que recebeu 15 ligações em um só dia e quando todo mundo achava que era o Grande, era o pai dela...enfim. Resolvemos pagar a conta e pegar a estrada. Quando nos dirigíamos para os carros nossa amiga “boa de garfo” soltou a perola do carnaval:

- Ô moça! Cobra mais uma coxinha e coloca para viagem.

Todos olharam para ela e não acreditavam naquilo.

- Ai, gente! Isso é para a estrada. Vai que sinto fome!

Sempre que estamos juntos é assim. Temos que pedir uma coisinha para nossa amiga. E não fiz nenhuma menção da quantidade de pimenta que ela consome. INACREDITÁVEL.