sexta-feira, 17 de novembro de 2006

A inevitável superação


Imaginem a situação. Você começou a sair com um cara, segue todas aquelas regrinhas básicas que somos obrigadas a nos impor e está conseguindo levar tudo numa boa. Semanas se passam e seu alarme começa a disparar: está se envolvendo, está se envolvendo!!!!

Você ignora, acha que depois de tudo o que passou não vai cair no conto do vigário, mas eis que acaba percebendo que está realmente gostando da figura. Pronto! Tremedeira geral, mas quem sabe? E a historia vai se desenrolando por alguns meses (e muito bem) até que num belo dia, você recebe um telefonema dizendo que não é nada pessoal, apenas a Grande reapareceu e ele vai tentar ser feliz com ela.

Mais perdida que cego em tiroteio, você começa a pensar que deveria ter feito diferente, deveria ter sido diferente, chora, fica de luto (período de três dias de cama e um bom tempo reclamando da vida), se nega a pensar em qualquer coisa que te lembre essa pessoa. Um mês se passa e você ainda na fase do ódio, da raiva, das pragas, e é claro daquelas mentiras básicas do tipo, “nunca mais vou gostar de homem nenhum”.

Eis que Deus resolve dar uma ajudazinha, para diminuir o drama, e joga o Grande de pára-quedas no meio dessa confusão. Aí, é claro que você tem a recaída básica, mas logo percebe que foi apenas para te arrancar do fundo do poço. O que faz? Recolhe os caquinhos e tenta se erguer novamente, o que não é um trabalho fácil, mas é simplesmente algo que tem que ser feito.

Se você é um Fenômeno, a chance de cair em outra furada é enorme, mas quem disse que aprendemos a desistir? E você vai tentando, acreditando que sua cara metade está por aí, em algum lugar. Até que a vida dá uma reviravolta e aquele cara que você se envolveu, aquele que te ligou e deu um fora, com o tempo não faz mais parte de seus pensamentos...

Um ano depois o destino resolve te pregar uma peça. Você encontra o tal cara, sozinho, porque com a Grande não deu certo. Os motivos? Não fazem a menor diferença, por que ele te trocou por ela. Você fica ali parada, olhando para aquela cena, e percebe que aquele cidadão perdido, apesar de muito legal, não mexe mais com seus sentimentos, não desperta mais o interesse de antes, nem raiva, nem rancor, nada. Simplesmente nada!

Não importa o que ele fale ou faça, o quanto reconheça o erro que cometeu, os dois sabem que é tarde demais, mas ele não acredita que você, que gostava tanto, tenha desistido. Enfim, chegou a sua vez de dizer: “Olha não é nada pessoal...” Os amigos em comum não acreditam, mas entendem e alguns aplaudem sua atitude. A vida é assim, paciência.

É quando entra o velho ditado: “Quem não dá assistência, aumenta a concorrência e perde a preferência.”

Sinceramente, não sei dizer o que é pior. Levar ou dar um fora. Independente do que se fale, como se fale, é difícil demais. Infelizmente para quem leva o fora pode parecer frieza, indiferença, mas para quem vê a história inverter, é apenas superação.




11 comentários:

Anônimo disse...

Amiga ,quando eu crescer quero ser igualzinho você!!!
Ah!e a música então ,diz tudo! Adorei..
bjosss

Anônimo disse...

Pessoa, quando imagino que você já tenha escrito tudo ou até vivido, superação total.
Você é uma MULHER INCRIVEL ou MARAVILHA(OSA)? Tudo isto é mais um pouco.
O texto ficou muito bom e a música ficou dez.
Grande beijo e força sempre.

Anônimo disse...

Caros Fenômenos, uma coisa é certa em relacionamentos: quase sempre que se acaba uma das pessoas sai magoada. Principalmente se uma delas ainda está envolvida. Pior que isso, só a indiferença.
Beijos. :)

Anônimo disse...

Conheço pessoas que evitam namorar pra não ter que terminar, verdade! elas simplesmente dizem que "estão ficando" com fulano ou fulana e dessa forma vão levando, sem a pressão de ter que dar maiores explicações no caso de (palavras delas) encontrar alguém melhor ou simplesmente não querer ficar mais com a pessoa. O medo de sofrer é tão grande que as pessoas acabam não se entregando e não aproveitando o que um namoro tem de bom.

Eu já tomei pé na bunda, já dei pé na bunda, já fiquei indiferente às lágrimas da outra parte e também já chorei copiosamente em frente àquela que até há pouco era a razão dos meus sorrisos.

Terminar, sofrer, chorar, se sentir arrasado, dizer que nunca mais vai se apaixonar... tudo isso faz parte do pacote. O que nos faz diferentes é a forma como a pessoa encara isso, se se deixa abater e só aumenta a descrença no amor ou se, como diz o cantor: "levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima..."

Abs a todos!

Anônimo disse...
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Anônimo disse...
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Anônimo disse...
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Anônimo disse...
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Mandrey disse...

Adorei a frase da "assistência".

Vocês têm toda razão!

Felipe disse...

Nossa, conheço essa historia direitinho. Dos dois lados. Pior e que quando voce um dia, como disse o zethi, acha que a outra pessoa esta a sua disposiçao sempre e ela nao esta mais, ai sim estraga tudo. Tem problemas de "timing" que sao insoluveis. E nao acho que o cara esteja errado em largar a mulher (ou a mulher em largar o cara, se fosse o caso) para tentar uma investida final na pessoa de sua vida. A vida eh feita de escolhas. Certas ou erradas, todas elas tem consequecnias. Nem sempre boas, mas tem de haver compensaçao.

Beijocas

Anônimo disse...

Pois é... o ciclo básico do fui ficando, querendo só "pegar", e papo vai, papo vem a fulana começa a falar naquela hora H que vc é o tal, que quer vc pros próximos 20 anos, que te adora, que se fosse mais nova te daria um filho, um monte de merda... e daí vc amolece... e aí ela surta, vê a merda que fez e sai fora... e vc fica lá, com o potinho de expectativas por uma familia assim, na mão, e o pior, gostando de uma pessoa que te manipulou os sentimentos, e te deixou dizendo "eu devo estar sendo louca para terminar uma relação que tem tudo para dar certo"... e aí?? Vc acaba de se f*, como nossa heroína... nós homens nos fudemos também!!! E o que eu faço com minha raiva??? De ter sido enganado e deixado friaamente pra trás?? Hein???