sábado, 11 de novembro de 2006

A seca


Quem disse que só acontecem bafões com os Fenômenos? Com nossos amigos também acontecem coisas que até Deus duvida. Um tempo atrás, resolvemos ir para o UK Brasil Pub ouvir a banda Zero 10. Uma amiga que, carinhosamente, chamamos de "Doidinha", andava meio sumida, mas resolveu dar as caras e animou de ir conosco. No caminho, engatamos várias conversas do tipo... “Homens não valem nada”, “Estou cansada dessa mesmice”, "Só consigo namorar alguém se ele for realmente bom", e eis que nossa querida “visitante” resolve nos contar uma historinha.


Cansada da vida de solteira e pior, de se meter em uma roubada atrás da outra (será requisito para ser amigo de um Fenômeno?), resolveu levar a sério o namoro com um rapaz que há muito tempo, vinha tentando conquistá-la. Segundo ela, no início estava tudo maravilhoso, mas logo começou a estranhar porque o cidadão não “investia” numa “pegação mais forte”.

No aniversário de um mês juntos, ela pensou que o cara já ia chegar “dando o que podia”, mas nada feito. Perdeu a paciência e, desbocada como ela só, perguntou pro indivíduo qual era o problema dele, se era gay, sofria de ejaculação precoce ou coisas do tipo. Foi aí que o infeliz soltou que tinha entrado para a Sara Nossa Terra e, segundo a igreja, sexo só depois do casamento.

A coitada quase teve um troço. Mas resolveu encarar assim mesmo. Afinal, ele era bonzinho, carinhoso, atencioso e gostava muito dela. O problema é que foram passando os meses e nossa amiga começou a desesperar. Sabe aqueles sintomas de mulheres que não transam faz muito tempo? Irritação, insônia, ódio de tudo, pele feia... enfim. Toda vez que se encontravam, rolava os amassos, mas na hora H, o fulaninho parava.

Conseguiu sobreviver ao tormento por três meses e no meio de uma alucinação, teve a feliz (ou infeliz?) idéia de resolver seu problema sem ter que despachar o pobre. Vestida em uma "jardineira" (uma espécie de vestido com botões na frente), saiu de casa numa tarde de sábado, e no meio do caminho pegou o celular e ligou para o Grande (sim, os amigos dos Fenômenos também têm um Grande) e disse que estava muito triste e precisava conversar. É claro que o biscate aceitou na hora, todo “amigo”. Ela parou na frente da casa dele, e assim que o cidadão entrou no carro, arrancou em direção ao motel mais próximo, tudo isso no maior estilo “velozes e furiosos”.

O rapaz, sem entender o que estava acontecendo, só conseguiu dizer que não tinha saído com a carteira, pois ela tinha dito que precisava conversar, mas a desesperada, com o olhos fixos no portão do motel (que parecia demorar uma eternidade para abrir), gritava aos quatro ventos que não tinha problema, ela iria pagar.

Já no quarto, o Grande, ainda sem entender nada, esperava pela conversa e é aí que nossa querida e louca amiga, abre de uma vez a "jardineira" e solta uma frase bem sutil, daquelas que só uma lady poderia dizer:
- Me come, porra!

E como quem é Grande, não recebe o título por acaso, o cidadão resolveu o problema dela durante o resto do dia e o comecinho da noite. Nossa amiga voltou para casa sorrindo para as paredes e dormiu como um anjo.

O namorado? Nunca soube. Recentemente tivemos a notícia de que vão se casar. Ao que tudo indica, ele mudou de religião. Ou pelo menos, fez algumas "adaptações".

8 comentários:

Anônimo disse...

Espero que o rapazote não seja leitor deste blog... imagina se ele se reconhece no texto.

Anônimo disse...

kakakakaka!Só vou acrscentar uma coisinha ,essa história foi contada as 4 da manhã num cachorro quente!O fato foi relatado com tantos detalhes que ninguem conseguia comer,eu quase morro de tanto rir...
Ah! Respondendo a curiosidade do Zeti,o cidadão mudou de religião!Para a felicidade da nossa amiga..
bjo!!!

Anônimo disse...

"Quem não dá assistência, cresce a concorrência." hehehe
Bjos...

Anônimo disse...

Heheoheoheoheoheo. Bom demás!!! A moça reforça a tese de que mulher não quer só comida, diversão e arte. Mas sexo, muito sexo. Se o sujeito dá mole (sem trocadilhos), dança.

Anônimo disse...

Só complementando o que meu primo disse: "Quem não dá assistência, cresce a concorrência e nesse caso perdeu a preferência... Bjos...

Felipe disse...

HOje em dia, sinceramente, o homem que nega fogo pra mulher tem mais é que virar padre. Ou partir para a outra. Já acho um saco quando a mulher faz greve de sexo, mas, numa sociedade machista como a nossa - em que o homem é obrigado a ter a iniciativa para procurar vaga uma hora aqui e a outra ali no vai-e-vém dos quadris femininos -, é de mandar pastar um sujeito que não quer fazer sexo por conta da religião. E tome chifre nele!!!

Tenho muitos males, mas desse eu não padecerei.

Ótimo texto!!!

Beijocas

Felipe disse...

Na sociedade machista de hoje em dia - em que o homem é obrigado a tomar a iniciativa para procurar vaga uma hora aqui a outra ali no vai-e-vém dos quadris femininos - não tem mais espaço para esse tipo de pederastia (nada contra os gays, mas negar fogo para mulher é dizer que só vai transar depois de casar é coisa de viado).

Enfim, se quer viver casto, vá para igreja. Ou, como fez o cara, mude de igreja. Que dó... Tomou-lhe um belo par de chifres com serviço completo.

Tenho muitos males, mas desse aí, graças a Deus, não padeço.

Beijo, meninas!!!

Felipe disse...

Saiu duas vezes (agora três) porque tinha dado pau no primeiro... Não vi que tinha sido publicado, hehehee...