quarta-feira, 28 de maio de 2008

Desastre Culinário

Eu adoro me meter a “chef” na cozinha, apesar de não saber muita coisa. Quanto mais diferente for a receita, mais empolgada eu fico. Não gosto de fazer o trivial, apesar de até ficar direitinho. Claro que estou longe de fazer um feijão delicioso ou uma costela daquelas que meu pai faz ( e que a Helen come até passar mal), mas até que marco alguns pontos nos pratos em que me arrisco. A família Buscapé é conhecida pelos seus dotes culinários, mas minha tia sempre me disse que cozinhar, além de ser uma arte, depende do nosso estado de espírito.

Vejo quase todos os milhões de programa de culinária. E não estou falando só de Ana Maria Braga ou a tal da Ana Toscano não. Estou falando daqueles que passam em canal pago mesmo. Tem a Nigella, o Oliver, o Bourdain... Assisto a todos que posso e anoto tuuudo também. E não pense que deixo fazendo volume na pasta de receitas da minha mãe, boto a mão na massa sempre que me sinto disposta. Alguns saem bons, outros vão direto pro lixo. Aprendi até a fazer um peixe na cerveja com batatas-fritas que fica uma delícia, acredita?

Mas um dia desses o bicho pegou por aqui. Um simples hambúrguer quase destruiu minhas expectativas como "chef". Impressionante! Vou explicar... Aqui em casa todos cozinham (e gostam) menos o Tesouro, embora seja o mais esfomeado. O rapaz não arrisca nem o Miojo porque pode deixar grudar na panela. Simplesmente porque esquece que tem algo no fogo. Resultado? Quando não come na rua, ele enche a paciência para a gente fazer alguma coisa. Como eu sou mais chata com ele, a tática para me convencer é perguntar se não estou com vontade de comer isso ou aquilo. Assim eu vou para a cozinha e ele fica na espera.

A última pedida foi um sanduíche. Ele tinha comprado uma caixa de hambúrguer congelado e me pediu para fritar. Não podia ser feito no forno, tinha que ser frito mesmo. Eu estava num dia de enxaqueca “braba”, um mau-humor terrível e relutei até o último minuto, mas o enjoado me venceu. Lá fui eu pegar a tal da frigideira e fritar os mocinhos. Não se pode por muito óleo, apenas um fio, era o que estava nas instruções da caixa. Segui direitinho, mas o bicho grudou na panela. Uma nojeira!

Resolvi trocar de frigideira e colocar um pouco mais de óleo dessa vez. Não sei que diabos aconteceu que quando joguei a carne, o troço pulou e incendiou tudo. Era óleo até no teto e a panela em chamas. Eu não sabia se tirava do fogo, se carregava para a pia e fiquei correndo com a panela de um lado para o outro na cozinha. Meu irmão, é claro, ficou rindo da minha cara, até que joguei a panela no fogão, desliguei o fogo e consegui apagar a chama.

Eu nunca vi um desastre tão grande para fazer um simples sanduíche. Passei horas limpando a cozinha, agüentando a gozação do meu pai (dizendo que não consigo fritar uma carne direito), a amolação da minha mãe para dar um fim no cheiro que ficou... Credo! Fiquei com tanta raiva que quase joguei a caixa fora. Mas o melhor foi conseguir me vingar do Tesouro. Ele acabou tendo que comer um "hambúrguer flambado".

2 comentários:

Antonio Ximenes disse...

Pessoa.

O chato é quando a gente (por amizade)... "encara" a comida feita pela amiga pouco talentosa na antiga arte milenar da culinária.

Encara e ainda diz... (com aquela cara de doente):

- Hummmm... muito bom... hummm... já pode casar... hummm !!!

Tô brincando... viu ?!?!?

Abraço.

Anônimo disse...

Ai Ninoca!
Eu ja experimentei varios dos seus pratos ,masssss
A costela do seu pai não tem igual!

E ai, que dia tem almoço?

bjinho