terça-feira, 3 de junho de 2008

Será que é mesmo dele?

Eu recebo uma média de quinze a vinte e-mails inúteis por dia. Sabe aqueles com correntes, slides ou promoções (de um site que nem lembro de ter entrado, mas que insiste em dizer que eu me cadastrei)? Não importa quem é o remetente, eu deleto tudo. Basta dar uma olhadinha no que diz a extensão do anexo. E nem adianta meus amigos me pagarem sapo, eu já deixei claro para todos que odeio apresentação de power point com música de Titanic esgoelando ao fundo.

Acho que deve ter muita gente que não gosta disso também. Quer dizer... Fora a mulherada da família Buscapé. Minhas tias e algumas primas conseguem me mandar orações, mensagens de auto-ajuda, fotos de homens bonitos... Tudo em slides (com música de fundo). Eu nunca vi coisa mais irritante! Mas eu recebi um dia desses um e-mail que me deixou intrigada. Era um texto, sem anexo, falando sobre a infidelidade masculina ou algo parecido. O que chamou a atenção foi o nome do autor. O título vinha em fonte normal, mas o do autor vinha entre parêntese e em caixa alta: ARNALDO JABOR. E na boa... Tenho quase certeza de que não era dele.

Perdi as contas de quantas correspondências lotam minha caixa com o nome do Jabor, Veríssimo ou Paulo Coelho. Ali é como se tivesse um carimbo de garantia de qualidade. Acho que a pessoa deve achar que se o texto tiver a assinatura do Zezinho da Silva ninguém vai ler, muito menos repassar, mas se for assinado pelo Paulo Coelho... Nossa! A vida da muda depois que a gente acredita que o texto foi escrito por alguém famoso.

O estranho é que eles seguem um padrão. Quando são textos de putaria são do Jabor, de guerra dos sexos ou análise do cotidiano são do Veríssimo e o mais interessante de todos, quando rola uma mensagem de sabedoria (???) ou auto-ajuda são de quem? De quem? Paulo Coelho!!! Como assim??? Eu já li uma vez o Veríssimo dizendo que não entendia a lógica de quem inventa um texto e põe na internet com o nome de outro. (Quem quiser ler, clica aqui!)

Pois é! E qual será? Por acaso o Zezinho da Silva não merece crédito? Quer dizer que eu posso parar uns minutos e ler um texto do “sábio” Paulo Coelho (já deu para reparar minha aversão, ne?), mas não posso ler um texto de um colega blogueiro ou de alguém que resolveu se arriscar com as palavras? Aaaaahhh!!! Vai entender esse povo!


PS: Aqui alguns textos que NÃO foram escritos pelo Veríssimo.

2 comentários:

Anônimo disse...

Uma vez, escrevi um texto fofinho e engraçadinho sobre o amor nos tempos da Internet.

Passou uns meses e recebi meu texto por e-mail. Igualzinho.

Autor? Luís Fernando Verissimo.

Ou seja, eu fui autor de um texto do Verissimo. Fazer o quê?

VascoIJ0neZ! disse...

ninão?

hummmmmmmmmmmmmmmmmm