quarta-feira, 3 de maio de 2006

A Saga dos Grandes - A Série

Episódio II - O Grande Mentiroso
Eu tinha acabado de me recuperar de um relacionamento, de anos, que não deu certo. Resolvi não querer saber de ninguém por um bom tempo e pra isso, caí na farra com meus amigos. Numa noite, fui parar numa boite da cidade, na despedida de solteira de uma grande amiga. No meio da bagunça,quase todas as vinte mulheres do grupo, já estavam rindo, dançando e algumas já estão embriagadas, quando aparece um ser puxando conversa comigo. Papo vai, papo vem, ele se mostrou uma pessoa interessante. Pediu meu telefone, já que foi embora antes de mim, e disse que ia me ligar. “Tudo bem! Eles nunca ligam mesmo!” comentei com uma amiga.

Uma semana depois, ele liga. Querendo sair!!! Eu, meio sem querer, concordei. No dia marcado ele liga. Eu? Não atendi! Preguiça! “Do jeito que sou, vou me enrolar de novo”. Na outra semana, ele ligou de novo. Outro bolo! Até que parou de ligar! Resolvi mandar um Torpedo me desculpando pela grosseria. Ele ligou! "Tô indo ver a F1, volto na Terça." Esquece, pensei!!!
E não é que ele ligou?

Marcamos de sair na Sexta-feira. Acho que nunca fiquei tão sem graça em toda minha vida. No caminho, tivemos aquelas conversas para quebrar o gelo. Ele se mostrou gentil, atencioso, com senso de humor... Mas meu alerta vermelho começou a piscar: “Cai na real! Todo primeiro encontro é assim!”.

A noite foi maravilhosa. Lugar agradável, conversa mais agradável ainda! Cheguei em casa tentando lembrar qual foi a última vez que me senti tão bem na vida. É claro que interrompi esses pensamentos, pois lembrar das pedras de feijão desastrosas que passaram pela minha vida, só iria arruinar o resto da noite. Novamente o alerta vermelho pisca..." Homens são todos iguais... se não c.... na entrada, c.... na saída!"

Na outra semana fui surpreendida por um telefonema. “E aí linda? ( a figura é do RJ!) Vamos ao cinema na Quinta?” E agora? Segundo encontro? Medo!!! É melhor dizer não! “Vamos sim!!!
E assim foi mais um encontro maravilhoso.

As semanas vão passando e toda vez que ele liga é uma emoção só. Meu sinal de furadas nem disparava mais. Já era!

Chegou o fim do ano. Combinamos de nos ver antes do Natal, afinal ele iria viajar para passar as festas com a mãe. Não dá certo! Ele não ligou e eu, p. da vida, resolvi esquecer. Eis que me aparecesse ,dois dias depois, se desculpando e marcando o tal encontro. Fui, linda e loira. Ele, pôde de lindo, é carinhoso, agradável... O lugar é perfeito....até que ele solta a bomba: “Vou viajar a trabalho por 3 meses. Sabe como é minha profissão né? Quando chegar, te ligo!” Eu? Só consegui dizer tudo bem!

3 meses depois...Ele não ligou!

Show do Lenny Kravits. Resolvi ir com os Fenômenos e Tesouro. Combinamos de encontrar meus primos, mas não consegui. A droga do estádio estava cheia demais! Naquela época, tudo parecia me chatear. Um amigo, uma vez ,me disse que quando a música alta começa a te incomodar, é porque estamos ficando velhos demais pras baladas, e naquele momento até as pessoas me chateavam. No meio daquela confusão da entrada, olhei para o meu lado, tentando gritar Tesouro e quem eu encontro? O cidadão! Quase tive um troço! Difícil dizer quem ficou mais sem graça. Fiquei arrasada por que jurava, de “pés juntos" , que ele estava acompanhado! Os Fenômenos tentavam me acalmar dizendo que não estava com ninguém. Trocamos duas palavras, um abraço e ele sumiu.
Lenny o que? Quem é esse?Passei o show inteiro olhando para os lados para ver se pegava o f.d.p. com alguém. Nem me embriagar eu podia, pois não estava bebendo na Quaresma. Resultado... o show foi uma bosta! Eu, arrastando um canhão inteiro, me dirigi ao portão principal no meio daquela multidão toda. Desviava de um, tropeçava em outro, xingava uns 200, e quando consegui, enfim, respirar ,dei de cara com quem? Com ele novamente! Tava lá o indivíduo, rasgando um churrasquinho, sozinho. Parei por alguns segundos, mas fui embora, p. da vida, é claro. E ainda fui obrigada a ouvir Tesouro pagando sapo por, mais uma vez, me envolver em furadas!!!!!

O telefone tocou na manhã seguinte. Era ele! Pretendia não atender, mas quem disse que consegui? “ Oi! Tudo bem sim! É, não deu para falar direito no show. Nos encontrar? Não sei! Que tal quinta?”
E mais uma vez caí na conversa!!!!
A partir daí, o que ocorre é uma sucessão de bafões. Ele sumia, eu me desesperava, quando tentava seguir em frente com outra pessoa, ele ligava. Nunca perdemos o contato totalmente até o dia “D”. O dia em que me dei conta que ele se tornou o GRANDE, e o pior, o dia em que vi quem ele realmente era. Não, o pior foi passar pelas maiores situações de "repolhisse*" da minha vida! mas fazer o que? Quando é o Grande é o Grande!

Continua amanhã...
*Repolho é um termo usado. por nossos amigos Joselitos, para dar nome aquelas pessoas que estão sempre a disposição do Grande, na tentativa de oficializar seu romance. Para saber mais, acesse o blog www.joselitando.blogspot.com

2 comentários:

Felipe disse...

Caralho, li a história do começo ao fim e não conseguia mais parar. Entendo perfeitamente o que aconteceu. E antes que eu pudesse comentar que isso me lembrava uma situação de repolhisse, você mesma já colocou no fim do texto. É uma merda isso. A gente fica à disposição da pessoa, mas se não força a barra depois de algumas semanas, a situação fica cômoda demais e um dos lados acaba não vendo "necessidade" de assumir um namoro. Mas também não consegue se livrar de você (ou você dele ou dela) porque ali é um porto seguro. Deprimente. Já aconteceu comigo nos dois sentidos. A última virou um rolo de quase três anos, entre idas e vindas. Aparentemente acabou. Ou não, sei lá, hehehee...

Beijos e parabéns pelo blog mais uma vez.

PS: Vou consertar o link de vocês no nosso blog

Anônimo disse...

É amiga situação dificil a sua,mais o pior de tudo isso é gostar.Se não te daria o conselho de botar um fuguetinho no ..... dele e mandar p o inferno!!! mais ele é o grande né?! Só não de tanto poder a essa pessoa,vc é muito mais que ele! pode apostar. bjinho....