quinta-feira, 4 de maio de 2006

A Saga dos Grandes - A Série



Episódio II - O Grande Mentiroso - Segunda Parte
Na tentativa de sobreviver a tanta confusão de sentimentos, saí com duas amigas para uma daquelas festas juninas de um clube qualquer. Tudo estava indo bem, até eu reconhecer o queixo dele. Isso mesmo! O queixo dele! Como a festa estava lotada, mal dava para ver as pessoas. Mas aquele queixo era inconfundível. Quando tentei me aproximar, meu olho de Thundera (sim, porque para reconhecer uma pessoa pelo queixo, só poderia ter uma visão além do alcance mesmo) captou que o f.d.p estava acompanhado. Eu quase tive um troço, mas agarrei uma amiga e passei na frente dele.
Ele? Continuou do mesmo jeito. Imóvel! Me olhou, ficou branco, mas não fez sequer um movimento. Eu? Só Deus sabe como consegui seguir adiante. Minha festa tinha acabado! Enquanto eu me apoiava nas minhas amigas de um lado, ele desfilava com uma mega mukissa com borda de catupiry do outro. Por que será que eles sempre nos trocam por coisa pior? Bom, deixa pra lá!

No outro dia, quase não levanto da cama, pareço um zumbi. Tesouro fica louco, mas dessa vez preferiu não dar o sermão de sempre. Eis que surge a fiel escudeira e tenta me arrancar daquela fossa. Resolvemos dar uma volta na cidade e parar em algum lugar. O que poderia ser mais uma tarde de lamentações, acabou se tornando um dia muito divertido. Acabamos conhecendo uma galera muito animada e que mais tarde se tornariam os Amigos do Churras.

2 Meses se passam...

Eu estava namorando um dos Amigos (hoje ex). Tudo estava indo bem até eu encontrar com o cidadão no trânsito. Isso mesmo! No trânsito. Em uma ultrapassagem para ser mais exata. Comecei a me tremer, o coração disparou, mas não nos falamos. No outro dia, fui surpreendida por uma mensagem, pedindo meu email. Estava indo para o RJ e ficaria por lá um tempo, mas queria muito conversar comigo. Por coincidência (ou não), na mesma semana, meu namorado terminou comigo, alegando que a GRANDE dele tinha aparecido. Fiquei arrasada e vulnerável também.

Algumas semanas depois, abri minha caixa de emails e lá estava! Um mega email explicando tudo. Aquela era uma antiga namorada, estavam terminando, tinham alguns assuntos pendentes, achou melhor se afastar de mim para não magoar...essas coisas. Eu não sabia se ria, se chorava, se xingava , muito menos se responderia. Mas respondi! E assim, voltamos a manter contato. Sempre por email, já que a beleza estava morando em São Paulo por alguns meses.

3 meses depois...

Cansada dessa situação ridícula e dolorida, resolvi dar um basta. Escrevi um mega,super,hiper,plus email (que ficou tão bom que nem acreditei que tivesse sido eu) e enviei. Nele, disse tudo o que sentia, tudo o que me deixava chateada e o mais importante, disse que não queria mais saber. Atirei no escuro! Me abri, mesmo sabendo do risco que estava correndo. Mas não importava, já estava na condição de “repolho” mesmo, e isso me fazia pensar em que numa situação dessas, não há como piorar, afinal eu não tinha mais nada a perder! No máximo, iria perder a condição de repolho na horta, mas e daí?

A reposta que geralmente viria com doi dias, foi instantânea. É claro que desconversou, disse que a vida profissional sempre afetou os relacionamentos....mas insistiu que “desistir” dele era algo forte demais. Fiquei triste, mas segui em frente com minha decisão de não querer saber. Estava até conseguindo...

Fui a uma festa com os Fenômenos no Lago Sul. Sabe aquela festa em que você é o convidado do convidado? Pois é! O lugar estava lotado, intransitável, e nós resolvemos fazer o reconhecimento do local. Não chegamos a dar uma volta completa, quando minha amiga vira pra mim e grita: “O Grande!” Não tive tempo de processar a informação, dei de cara com ele! Quase caí! Ele ficou imóvel olhando pra mim, acho que esperando alguma reação, porque foi só eu falar um Oi, ele veio em minha direção e começou a falar feito um louco! Me abraçou, elogiou, se explicou, perguntou um monte de coisas. Eu? Não pronunciava uma palavra! Não dava conta!


Quando me recuperei (um pouco) do susto, consegui conversar com ele. Parecia outra pessoa, mas logo percebi que estava sobre efeito do álcool, por isso estava tão falante. Mesmo sabendo que estava perdida, acabei cedendo e ficamos novamente. Mais uma vez me deixei levar por ele! Aquele momento foi ótimo, mas ao mesmo tempo sentia um vazio enorme. Algo me dizia que ia começar tudo novamente!
Depois da festa, nos vimos por mais uns dias, até ele começar a “viajar” novamente.


Um dia desses, estava tranqüila num bar com meus amigos e de repente vi o carro dele passando. Ele estava vindo para o mesmo bar! Já viu né? Fiquei transtornada e acredito que ele também. Primeiro porque disse que estaria viajando e não estava. Segundo, porque com certeza iria encontrar alguém. Ele estava “psico”, andando de um lado para o outro, falando no celular. Ficou ali por mais alguns minutos, olhava pra mim de vez em quando. Eu? Tentando disfarçar, engatava uma conversa com um dos amigos da mesa, mas todo mundo já tinha percebido meu desconforto! Que tristeza!

De repente, cadê a figura? Sumiu! Foi embora sem se despedir!!!! Deve aparecer daqui 3 meses!

4 comentários:

Fenômenos disse...

Só para explicar... Borda de Catupiry é quando a biscate usa uma calça apertada, com um top e fica aquelas banhas aparecendo doas lados!!!! Coisa horrivel mesmo!!!!
kakakakaka
bjs

Anônimo disse...

Vixe, que cara complicado hein fia? Agora espere mais três meses pra ver qual é a desculpa do menino... vou estar na expectativa...

Felipe Andrade disse...

Não, não espere!!
Ele nunca esteve lá.

Felipe disse...

Caralho, isso é muito deprê. E sempre acontece. São rolos intermináveis que a gente, em momento de lucidez, decide e percebe que só nos faz mal. O grande desafio está em, ao encontrar a pessoa de noite e perceber que ela está se engraçando pro seu lado, resistir e dar um toco. Eu sei que, seguindo instruções do meu professor-ídolo-referencia Zethi, isso é o mais certo a se fazer e dá resultados posteriores. Tipo você vira o jogo.

Mas, sinceramente, isso é tudo teoria. Com álcool na cabeça e uma pessoa que te faz tremer nas bases do lado falando um monte e disponível, é difícil resistir. ISso aconteceu comigo, exatamente do jeito que você falou, várias vezes no ano passado. Com a mesma pessoa. Na hora vocÊ até curte um pouco. Mas quando acorda no dia seguinte, sinceramente, a sensação de que você está verde, cheio de folha e já virou um mega-repolho, é inevitável. E vem aí um sentimento de que você falhou, foi fraco, que é ridículo, que estragou meses e semanas de trabalho terapêutico em um segundo de fraqueza. Se sente um lixo. É foda. Difícil sair disso. Tem que ser determinado e, sinceramente, fugir mesmo, vazar de um lugar onde a outra pessoa esteja.

Beijos, meninas